Redes Sociais: "Do Broadcast ao Socialcast"


Do Broadcast ao Socialcast:
Como as redes sociais estão transformando o mundo dos negócios

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Viver em rede já deixou de ser uma opção. Ou você está em rede ou não existe.

Esse livro, escrito a vários teclados, mostra o que podemos esperar das próximas décadas do século XXI.

"As múltiplas faces da inteligência".


Acabei de passar uma temporada surreal. Dez dias acompanhando meu filho internado num hospital de reabilitação motora.

Os casos que eu vi e as histórias que ouvi nesses dias, por si só já davam para preencher um pequeno manual que poderia se chamar: Cuide de sua saúde enquanto é tempo, senão....”.

Falar desse tema aqui? Esse não é o lugar errado para tratar disso?

Não, se partirmos do princípio que sem saúde não há vida, nem trabalho, mercado e competitividade. Portanto nesse espaço também cabe esse assunto. Se seu corpo e sua mente não estiverem em forma, ou o mais próximo disso, desencana, você vai ser um peso para o mundo. E não tem empresa que aguente carregar um peso morto. Nem família, nem amigos.

Inteligência começa quando eu olho para o meu umbigo e me cuido, com consciência. (Comprar frutinha descascada na bandejinha de isopor no supermercado não é exatamente uma atitude inteligente, pode ser cômodo.... mas o resultado está muito longe da saúde, além de ser insustentável do ponto de vista sócio-ambiental).

Embora possa parecer mórbido, a essência desse assunto é de esperança e coragem. Principalmente para quem ouviu que o filho tinha toda a chance de ficar em estado vegetativo e hoje o vê recomeçando a trocar os primeiros passos. Uma grande vitória a comemorar. Portanto, nem tudo que os médicos falam é confiável. Aliás, hoje em dia, apenas uma minúscula parte é, e mesmo assim, deve ser confrontada com mais outras tantas opiniões exaustivamente, até você ficar convencido, caso contrário recuse diagnósticos furados.

Mas uma coisa ficou evidente nessa recente passagem pelo hospital:

O AVC é uma das epidemias do nosso século

A mistura de auto-indulgência; negligência e preguiça é no mínimo nefasta, para não dizer suicída. Fazer a gestão da própria saúde é uma atitude inteligente.

Ao lado dos acidentes de moto, carro e arma de fogo, que nem sempre são evitáveis - em cada esquina podemos encontrar um desequilibrado sem noção, bêbado ou drogado, o AVC depende de nossos hábitos diários.
Ninguém pode se dar ao luxo de acusar o outro pelas consequências de hábitos doentios praticados consistentemente, dia após dia.
Uma relação simples de causa e efeito.

A mistura de pressão alta, mais alimentação errada, hábitos sedentários, obesidade, cigarro, bebida e stress são os ingredientes desse quadro nefasto. Quem trabalha no que não gosta, com gente que detesta, apenas pelo salário é um sério candidato a carregar esse título.
Ver pessoas com 17 anos com AVC e as severas sequelas incapacitantes é muito assustador!!!!

Mas tem gente que passa por isso, vai além e dá exemplo de superação e criatividade!!
Na época do acidente de carro do meu filho, quando ele ainda estava em coma, um amigo me enviou o livro da Dra. Jill Bolte Taylor, neurocientista de Harvard, sobre sua experiência com um derrame em 1996
"
A cientista que curou seu próprio cérebro". Imperdível.

Ela esteve dos dois lados do balcão. Como pesquisadora do cérebro e como paciente. O que ela ensina no livro é fundamental para que possamos entender como começar a lidar com esse paciente. Nesse trabalho ela conta como superou, depois de 8 anos, todas as dificuldades e sequelas do AVC.
O primeiro passo foi sentir-se responsável pelo próprio corpo. Deu muito trabalho, mas foi possível.

Quem se interessar pode assistir Aqui uma palestra dela relatando uma parte dos fatos.

Já o filme francês "O escafandro e a borboleta" não deve ser visto por quem é impressionável.
Nem por quem acha que não consegue fazer algo interessante na vida.

Em 1995 o editor-chefe da revista Elle, com 42 anos teve um derrame. Do nada. Dirigindo um carro, na estrada. Com um agravante, no caso dele veio acompanhado de uma síndrome conhecida como locked in, uma rara condição em que a pessoa fica consciente, com a percepção preservada, mas totalmente paralisada. Como se a mente estivesse presa num corpo que não responde aos desejos de movimento. E mesmo podendo mexer apenas uma pálpebra, sua fonoaudióloga encontrou uma técnica eficiente e ele escreveu o livro que gerou o filme.

Enquanto acharmos que coisas ruins só ocorrem com os outros, seremos vítimas fáceis desse inferno em vida!!
Tudo começa com uma atitude simples: assumir a responsabilidade, não só pela nossa própria vida, como também pela nossa própria morte e consequência dos nossos atos.
Sobre isso, o excelente texto "Adultos Infantilizados" de Contardo Calligaris na Folha do dia 26/11/09, mostra que isso é um luxo cada vez mais distante.
Nossa geração prefere abrir mão da autonomia em nome da zona de conforto.
Ok, são escolhas e cada uma delas vai trazer suas consequencias - mais cedo ou mais tarde.

E para quem acha que a vida já não está muito fácil, mesmo com todas as funções acontecendo regularmente, imagina com deficiência e falta de liberdade e independência?

Mesmo com todos esse exemplos de superação de dificuldades, de minha parte eu escolhi um outro conceito de felicidade. Eu escolho ter saúde e até ter uma morte súbita e instantânea. A lógica é de uma simplicidade franciscana.
Não quero passar por nenhum corredor de hospital, muito menos UTI, mas se eu chegar a entrar, por favor, desliguem todos os aparelhos.

Isso me lembra a última cena da "Era do Gelo 2".

Quando finalmente o esquilo morre e vai conseguir pegar a noz - aquela a qual ele passou o filme todo atrás dela. Quando ele já está na porta do céu, quase tocando seu objeto de desejo, Sid - o bicho preguiça -


num gesto de profunda boa vontade, resolve fazer uma reanimação.....e o esquilo volta sem a noz....completamente frustrado e com muita, mas muita raiva!!
Por favor, prometam que eu vou poder pegar minha noz...rs

Inovação? Onde?

"Quase toda a capacidade cerebral dos seres humanos é usada para continuar crendo no que já acostumaram a aceitar como verdade.

Ínfima é a disponibilidade para se colocar em dúvida alguma convicção.

Pior: a chance é nula se a novidade esbarrar em idéias repisadas como se fossem insuspeitas conclusões científicas. Detesta-se qualquer pensamento que abale algum fundamento aprendido na escola, principalmente nos grandes manuais usados no ensino superior.
Por isso, reflexões que rompem visões convencionais estão fadadas à rejeição do silêncio. "


"It's only business, baby!"

Inteligência de Mercado (IM) é visão sistêmica aplicada.

É sempre bom ampliar o repertório e buscar mais opções sobre temas que parecem inesgotáveis, mas com poucas nuances inovadoras.

Vamos juntando os pontinhos....

O assunto do momento é aquele que ninguém mais consegue ouvir falar. A história daquela instituição de ensino de SP, agora também na mídia global.
O tema extrapolou fronteiras tupi-guarani, pataxó e nhambiquara e foi parar no NYTimes.

Nossa insana mediocridade foi exposta ao mundo, sem véus.

Todos, absolutamente todos os veículos, apenas repetem o que as agências de notícias repassam.

Nessas horas fico profundamente emocionada quando vejo exercício tão grande de alienação e passividade.

Sendo assim, por que não acrescentar um ponto de vista com jeito de investigação de IM?

Diante do sanatório geral e de histeria coletiva costumo ter duas reações: Fico resignada e aceito que: "Sim, Macunaíma nasceu aqui".

Ou ironizo.

Dessa vez preferi a segunda pegada.

A ironia já começa na palavra universidade...e não termina mais.

Puro escárnio.

Sem mencionar o tremendo mau gosto de toda a história e o efeito manada.

Segundo o que foi divulgado, essa empresa tem alguns milhares de clientes, cativos por no mínimo 4 anos. Os números divergem entre 60.000 e 80.000. Não importa. Um ou outro é muita gente. Outra constatação óbvia é que essa clientela, na sua quase totalidade, deve ser da classe C e D e sendo assim, a grande maioria deve utilizar os recursos da Bolsa do Prouni. Cá pra nós: qual empresa não quer receber uma grana limpinha e garantida, ainda mais com isenção de tributos fiscais?

Uma busca básica pelo Google traz alguns dados interessantes:

- PROUNI TEM 23% DAS INSTITUIÇÕES COM NOTA BAIXA

- 55 instituições do ProUni têm notas ruins

Diante desse cenário, como será a disputa das empresas que vendem diplomas na acirrada disputa por ter mais e mais clientes utilizando esse recurso barato e que certamente engrossa a receita. Não é nenhum segredo que o índice de inadimplência das empresas de ensino particular só faz crescer.


Alguns fatos:

- São Paulo é disparado o maior Estado que recebe a Bolsa:

- Desde sua criação o Prouni já custou, em impostos não arrecadados, cerca de R$1 bilhão.

- Em 2011 as instituições que não subirem no ranking que sinaliza a qualidade das escolas poderão ser cortadas do programa.

- Se a União está deixando de arrecadar esse valor, onde ele está? Na conta de quem está sendo descontada essa fatura?

- Se o ranking de uma escola está baixo e ela sabe que a partir de 2011 o MEC poderá cortá-la dessa mamata, o que ela poderia fazer?

- Acertou quem disse Terrorismo Corporativo (ou societário), dá na mesma!

Desde os últimos anos, essas empresas de diploma pertencem a grandes Fundos de Investimento ou Private Equity. O leque de Fundos é amplo, eles escolhem determinados setores da economia que consideram mais promissores e de maior lucratividade.
E a educação é um grande negócio!!
Nesse setor eles preferem agir com vários tentáculos e de preferência bem pulverizado, que é para não deixar muitos rastros. Sua "fome" por lucro não tem fim e não mede nenhum esforço.
Nada contra o lucro. Adoro lucro, o que incomoda é a "fome".

Por fora, na fachada, os nomes das escolas-empresas que pertencem ao mesmo Fundo são até diferentes. Outras logomarcas, diferentes agências de propaganda, públicos distintos, mas nos bastidores todas pertencem aos mesmos acionistas. Ou seja, um determinado Fundo pode ser dono de escolas em várias cidades, que alcancem vários públicos, de preferência em faixas sócio-econômica distintas.

Tem faculdade que foi criada às pressas, por grifes de muito prestígio no ranking das escolas de primeira linha, que já atendem ao público A/B, mas que também queriam fazer parte do banquete do C/D. Mas como elas não podem se expor ficam discretamente na penumbra, só manipulando os fios e movimentando os pequenos gestores marionetes à frente da gestão.

Diante desse cenário quem garante que esse movimento do tabuleiro atual não faz parte de uma ação muito bem planejada para queimar a imagem dessa concorrente de peso do mercado de ensino paulista ( 60.000 a 80.000 clientes)? (concorrente de peso econômico, apenas.)

E se essa "dama de vermelho" e os outros personagens não foram infiltrados para causar justamente essa comoção internacional, esse clima de linchamento para depois ficar mais fácil tirar a escola do mercado? Afinal, no terrorismo todas as ações são válidas.

Quem não quer herdar os milhares de clientes dessa instituição de ensino? Ao mudar de fornecedor eles trarão junto suas Bolsas do Prouni? ( e a isenção fiscal)

Até quando seremos tão ingênuos para continuar acreditando que o que nos é mostrado na superfície é tudo o que se tem para ver e que a versão dos fatos é igual aos fatos?

Estamos lidando com
investidores que buscam no mercado mundial retornos rápidos e a qualquer preço, de preferência fazendo o jogo sujo para que o valor da concorrente caia e possa ser adquirido num leilão na bacia das almas. Ou melhor, fazer uma fusão.

Quem consegue imaginar como funcionam os bastidores das corporações? Ou quanto está em jogo?

Que o que aparece nas telinhas no horário nobre é tudo o que há para ser notado?

Será que é por isso que nosso país é campeão quando o assunto é novela? Somos a sociedade zumbi e do "me engana que eu gosto"?

Até quando nossas empresas vão conseguir fazer parte de um jogo que já mudou as regras faz tempo, se profissionalizou, globalizou, mas a cabeça do dono continua operando com os mesmos valores e parâmetros do tempo das quitandas da esquina?

Nada como lembrar a antiga máxima do marqueteiro do Clinton em 1992: "It's the economy, stupid!". O tempo passou, mas a expressão continua valendo, com uma pequena variação para o século XXI: "It's only business, baby!".

Assessoria em Inteligência de Mercado? Eu, heim?!


Como já dizia o Eclesiastes, tem dia para se recolher e dia para aparecer.

Hoje resolvi aparecer.

Meu perfil profissional apareceu no excelente site CarreiraSolo.

O editor chefe do Carreira Solo é o Mauro Amaral.
Por esses tortos caminhos digitais acabei caindo de paraquedas nas páginas dele:


O Mauro e eu nunca nos vimos, mas....eu gostei do resultado das páginas dele e ele pelo jeito, gostou do estilo de produção do meu conteúdo.

E assim nós fizemos uma aliança digital - tácita e implícita.

Ele falou do meu trabalho lá e eu falo do dele aqui.

Isso é conversação e é disso que se trata a web 2.0.

E é cada vez mais por aí que as coisas nesse ambiente digital vão caminhar.

Se não me engano o nome disso hoje é: Troca de relevâncias ( antigamente chamava amizade...)

As melhores Universidades do país. Sua escola está nesse ranking?


Diz a lenda, que alguns colégios e cursinhos particulares de São Paulo e Campinas "sugerem" aos seus alunos de ensino médio, que se eles não passarem nos vestibulares da USP e da UNICAMP não vão ter nenhuma chance na sua vida profissional. ( e indiretamente vão "sujar"o nome de suas escolas)

Eles acreditam que se seus alunos não entrarem nas universidades dos sonhos ( de seus pais e professores) seu destino profissional não vai ser lá grande coisa.

Mas é claro, isso é apenas mais uma daquelas lendas urbanas.

Ou eu é que não devo ter ouvido muito bem....

Pois bem, nada mais competitivo do que rankings.

Essa semana a Veja trouxe um das melhores instituições de ensino do país com alguns dados no mínimo inquietantes.

Das 19 primeiras posições, 9 são universidades públicas (ITA, UNIFESP, UFRGS, UFCSPA, UFMG, Famerp e as Federais de Lavras, Viçosa e Uberaba).

USP, Unicamp, Unesp e PUC não fazem parte dele.
Ué?

Ficamos aqui, eu e o mouse, a nos perguntar: Por que será? Por que elas não entraram nesse ranking?
Onde estão os reitores/gestores dessas escolas? Onde estão suas assessorias de imprensa?
Por que a fama continua? Que resultados elas estão entregando?
Ou será que elas são tão boas, mas tão boas que nem precisaram participar do ranking?
O que está acontecendo com as marcas tradicionais?

Uma resposta possível seria: "Nosso saber é tão notório que somos inclassificáveis, estamos muito acima desses recursos mundanos de mercado".

Essa pode ser uma saída, digamos, honrosa?

Já a FGV aparece na primeira, terceira e quarta posições.

Ficou muito bem na foto!

Por falar em FGV, recentemente o jornal Valor Econômico trouxe uma matéria sobre a arrogância dos alunos da graduação dessa bem classificada escola. A questão está ficando tão fora de controle que foi criada uma disciplina, ou algo parecido, chamada "Baixa a bola, FGV".
Juro que não fui eu que inventei isso, está lá. ("Empresas começam a flexibilizar exigências sobre a origem escolar") 09/09/09.

Esses fofos quando entram como trainees nas empresas, acham que só pelo fato de terem essa grife gravada, à ferro, fogo e muita grana nos seus currículos, não precisam fazer mais nada.
E que a empresa deve agradecer pelo fato deles estarem lá e por falar nisso - onde está o tapete vermelho??

Tudo começou quando numa determinada empresa de consultoria, um gestor de RH, acordou de bem com a vida, resolveu fazer um gesto de humanidade e dar uma chance para funcionária administrativa que sonhava em ser consultora, mas coitadinha, sua universidade era de segunda linha... Não tinha grife nenhuma no seu currículo. Ela era uma espécie de gata borralheira no universo das cinderelas corporativas. Mas o RH experimentou o sapatinho de cristal e ele serviu... e oh...ela mostrou que era capaz e que tinha talento e garra.

Vejam só.

Quando Darwin levantou a questão da sobrevivência das espécies, falou da supremacia dos mais fortes e mais ágeis.

Pois bem, enquanto papais e mamães da classe média passam a mão na cabecinha dourada de seus ungidos filhos, evitando qualquer frustração e confronto, fazendo todas as vontades, mimando, protegendo e arrastando a adolescência até os 30 e tantos anos, e quando finalmente esse filhote vai para a vida chega totalmente despreparado. Sem nenhuma agilidade e muito menos força pra lutar. Afinal, a vida sempre foi tão fácil....

Enquanto isso, quem teve que ralar, trabalhar o dia inteiro desde cedo, ir para a faculdade (geralmente de segunda linha) à noite, pegar metrô, ônibus e às vezes ainda trem pra chegar em casa, dar conta de pagar o crédito educativo, essa pessoa vai competir no mercado de trabalho com uma fome, uma garra, com uma vontade de acertar, raramente encontrada na classe média.

Quanto mais gestores e analistas de recursos humanos abrirem seus olhinhos, ampliarem os horizontes, percebendo que há vida inteligente fora das escolas "top" de linha e que se quiserem pessoas acostumadas a brigarem por seu espaço, além do talento e de um currículo recheado de letrinhas famosas mas com baixa experiência de sobrevivência, será preciso ampliar a base de captação.

A não ser que eles comecem a comprar muitos metros de tapete vermelho e aprendam a desenrolá-lo....direitinho, se não quiserem ver o maior piti!

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O Labirinto, O Minotauro e o Mercado de trabalho

Existe Vida antes da Morte?

Nativos Digitais

O dia das crianças, e de todos os filhotes, já passou mas ainda tem espaço para algumas reflexões.

Essa matéria do jornal O Estado de São Paulo do dia 12 de outubro traz informações bem interessantes, como essa : "os nativos digitais deverão ser 80% da população economicamente ativa em 2020."

Bem, se pensarmos que o bug do milênio foi praticamente ontem. Lembra dele, na virada do ano 2000? Então 2020 será depois de amanhã.

Qualquer atividade empresarial deveria levar esse dado muito à sério, caso não queira habitar o Jurassic Park com os Tyrannosaurus Rex.

O post anterior sobre o Plent Of Fish, já é uma amostra clara do que vem por aí.

Os nativos digitais serão, não apenas consumidores, mas são eles que vão fazer as empresas funcionar.

Cada vez mais, para estar em qualquer negócio não vai mais ter nenhuma importância ser predador. As habilidades que vão importar vão ser a agilidade e a inteligência, dentre tantas outras bem mais sutis.

O século XXI não se liga na força e na cara feia dos dinossauros. Está mais para a sagacidade dos saguis.

OBS:Essas fotos foram encontradas aqui

Quebra total de paradigma!!!!!

Essa matéria da Revista PEGN mostra claramente os novos modelos de fazer negócio do século XXI.

O site Plenty of Fish de um jovem do Canadá é um exemplo claro desse modelo.

Quanto sua empresa deixa de ganhar por não investir em Inteligência de Mercado? Parte II (continuação)

Decisão e risco andam de braços dados.

Elas são o resultado da Cegueira, um dos 4 cavaleiros do Apocalipse corporativo, lembra?
(Caso sua memória seja curta, ou você não tenha lido ainda clique aqui. Esse post é continuação do primeiro).
E o maior produto em falta no mercado atualmente é iniciativa.

Tomar uma decisão não é fácil, e mesmo assim fazemos isso o tempo todo. Das mínimas coisas, sem grandes consequências e facilmente solucionáveis, às mais sérias que implicam em alto risco.
Como as de investimento, por exemplo.
Entrar na Bolsa? Sair da Bolsa? Imóveis?
Todo mundo tem histórias boas e assombrosas pra contar quando o assunto é tomada de decisão.
Mas só quando tomamos decisões evoluímos e crescemos. Por mais que doa o resultado.

O outro lado dessa moeda recebe o carinhoso nome de covardia.
Esconder-se e evitar tomá-las é mais complicado, no médio prazo!
Para a própria pessoa, para o crescimento do seu negócio e para quem está do lado, seja equipe de trabalho ou família.
Ser reativo às mudanças, morrer de medo da inovação. Será que essa é a sina dos donos de empresas nacionais? Seria essa mais uma herança colonial? argh

Aproveita que ninguém está observando e dá uma olhadinha em volta.
Preste bem atenção.
Você consegue calcular o quanto seu maior concorrente, seu maior pesadelo, está na sua frente?

Tem uma vaga idéia do quanto que o faturamento dele é maior que o seu?
Só pra você ter uma idéia, mesmo não sendo necessariamente seu concorrente, olha só o resultado dessa empresa que saiu recentemente num estudo excelente sobre as maiores PME do Brasil?

Esse estudo traz dados muito interessantes!!

Como o dessa empresa, top do ranking: Isoeste . Original de Goiás e com filiais em MT, PA e PR. Ela está disparada lá na frente e segundo a pesquisa, cresceu 1.500.04 % entre 2006-08.
Uma média de 300% aa.

Eu não errei nos zeros, não. É isso mesmo.
A diferença dela para a segunda colocada é astronômica. Levantou uma boa poeira.

Qual terá sido a receita para esse crescimento? Qual terá sido o percentual do faturamento investido em ações inteligentes de planejamento de marketing, treinamento da equipe de vendas, pesquisa e desenvolvimento, inovação, certificação?

0,1? 0,5? 2%, 5%?
Quem dá mais..?

Algumas pesquisas mostram que empresas vencedoras empregam entre 8 a 15% de seu faturamento líquido em ações de capacitação, planejamento, branding e inteligência de mercado. Sem falar no investimento nos outros setores (P&D, ISO, etc)

Investir entre 3% e 5% do faturamento na força de vendas seria algo pra ficar na média.
Só pra colocar o narizinho um pouco acima da mediocridade.
A fórmula é bem simples:
investiu - inovou - cresceu

E quem não está usando essa fórmula ainda está jogando o surrado jogo: "precinho-prazão".

Sua empresa ainda usa essa "fórmula" de venda B2B?

( Você tem um problema).

Seu gestor acha que isso é uma "estratégia"?

( Nossa, você tem um grande problema)!!!

O "argumento" de venda seria mais ou menos assim?

- "Para você comprar meu serviço, eu te cobro um precinho bem pequeno, bem menor que meu concorrente, só pra você conhecer minha empresa, e dobro o prazo de pagamento...."

??! ?

Já viu esse filme? Recentemente?

Eu já....acredite, é patético!!

E o pior, quem pratica esse tipo de coisa ainda acredita que isso é uma estratégia de venda!!
(numa hora dessas é melhor a gente se fingir de morto pra parecer que é educado...)

Cuidado! Incompetência recebe o tratamento que merece e o mercado não perdoa a ingenuidade.

Foi o tempo das soluções domésticas, acanhadas e de fundo de quintal.

É bom ir se habituando de uma vez por todas ao saudável hábito de adquirir consultoria. Agregar uma visão externa a seu negócio é uma questão de inteligência. Uma cultura a ser implantada.

Passou da hora de superar a velha megalomania, essa doença corporativa de achar que sabe tudo. Que seu feeling vai te salvar....
Lembra do Morris Albert? Lá da década de 70? Ele deve ter ganhado muito dinheiro com "Feelings"..., mas lembre-se, só ele ganhou....

(esse comentário sobre o Feelings eu ouvi há muitos anos da genial Cristina Guimarães - criadora e gestora da Phi Projetos , e achei que cabia como uma luva aqui. Tão cruel e ao mesmo tempo tão verdadeiro).

Quanto uma empresa deixa de ganhar por não investir em Inteligência de Mercado? Parte I

Do ponto de vista de uma empresa, os 4 cavaleiros do Apocalipse são:

Arrogância/Onipotência/Cegueira/Vaidade

Cada um dessas palavrinhas é auto-explicável. Dispensa muitos comentários.

Esse quarteto é fatal quando o assunto é competitividade e lucro.

Sim, lucro! Acredite: Lucro é bom. Lucro é do bem.

(mesmo vivendo num país com uma espécie de código secreto, onde a palavra lucro é considerada maldita e apenas mencioná-la pode ser de mau gosto.... será que é porque ela vem do latim: lograr?
Ok, então podemos trocar por
profit. Que embora também seja de origem latina, tem um significado menos nefasto. )

Ah, esse latim....

É sempre bom lembrar que muitas vezes não basta ao empreendedor apenas fazer as contas para saber o quanto está perdendo. É bom fazer também o cálculo reverso:

- Quanto está deixando de ganhar?

ou

- O que poderia estar fazendo e não está, por total falta de visão de mercado e coragem de tomar decisões na hora certa? Por que?
Por arrogância ou pela combinação nefasta do quarteto apocalíptico?

Mas tudo bem, tem gente que adora o mantra da ilusão.
"Me engana que eu gosto que eu te engano porque você pede".

Além de não gostar de falar de lucros, (mas adorar sentir inveja de quem tem..) nosso país tem outras características muito particulares: por exemplo, adora números grandiosos.

Observe se esse número não é dos grandes. Calcula-se que em torno de 70% da população brasileira sofra de analfabetismo funcional.

Isso mesmo.... e esse número só faz aumentar.

Analfabetismo funcional é igual infecção hospitalar, todo mundo sabe que existe em proporção epidêmica, mas não faz nada à respeito.

As super bactérias nos espreitam. Os analfabetos funcionais também.

Guardada as proporções, esses 70% podem ser estendidos também para o universo das empresas. Afinal quem faz a empresa? Não é gente?

Acompanhe meu raciocínio: se 70% dos brasileiros são analfabetos funcionais, quem está agora fazendo a pizza que você vai pedir mais tarde? Quem está produzindo sua cervejinha? Quem vai redigir a certidão no cartório? Quem está manipulando seu remédio e colocando na cápsula? Quem está calibrando e operando a máquina onde você ou alguém da sua família vai fazer a ressonância magnética? Quem é o operador da torre de controle que não sabe nada de inglês, nem mesmo do português, mas está lá traçando as rotas dos vôos internacionais, daquele avião que você pode tomar amanhã e que também por um descuido, pode, sem querer e sem saber porque, colocar algumas rotas em colisão?

Acompanhou? Deu um frio na espinha? Pois devia.

De qualquer modo você recebe as consequências desses 70%.

Seja você consumidor ou fornecedor de produtos ou serviços.

É um looping. Uma espécie de maldição pátria. As empresas que não investem em treinamento, que não acreditam na força do investimento em informações consistentes para tomada de decisão, estão criando seu próprio campo minado.
No ambiente interno, sua equipe tem que ser preparada com excelência para fazer o melhor produto, ou prestar o melhor serviço, mas se você contrata o pessoal que pertence aos tais 70%, esqueça, seus resultados serão medíocres.
Acorde, você não vai conseguir contratar alguém pronto do mercado. Esse investimento tem que ser feito na sua própria equipe.

Aí cabe uma pergunta: As empresas que não investem em inteligência de mercado, estão investindo em que, em burrice de mercado?

Na perpetuação desses 70%?
A quem cabe a saída desse círculo vicioso? Ao governo é que não é. Ele já está fazendo a parte dele universalizando o ensino fundamental, e olhe lá. ( De certa forma, ele está criando o analfabeto funcional, mas isso é assunto para outro post...).

Bons tempos aqueles em que venciam os melhores. Onde estão os melhores hoje?

Hoje quem vence são os mais rápidos.

Vivemos um tempo da total inversão da fábula da lebre e da tartaruga.

Arrogância, onipotência, cegueira e vaidade geram miopia de mercado, comodismo, adiamento e medo do risco. Quem avança olhando pelo retrovisor, com saudade dos sucessos passados, não vai chegar muito longe.

Foco no mercado e na busca de desempenho e resultado, nada menos do que isso interessa.
E você, conhece algumas empresas que convivem com as pragas apocalípticas? Quanto elas estão deixando de ganhar ? Quanto do seu lucro está indo parar no bolso dos concorrentes?

" Commoditity"? Tô fora!

Não sou o que se possa chamar de patriota. Na verdade passo bem longe disso.

Até sei cantar direitinho o hino nacional, e se alguém gravasse e colocasse no YouTube juro que não passaria nenhum vexame.

Mas definitivamente não sou patriota.

Acho limites geográficos um acidente de percurso. Coisa chata de livro didático.

Mas admito que gosto muito de ver brasileiros brilhando. Pra falar a verdade eu acho o máximo gente que brilha.

Se tem coisa que me deixa muito feliz é criatividade, inovação e talento.

Tem 2 brasileiros fazendo bonito por aí e a gente quase não ouve falar deles por aqui.
Embora em campos e geração diferentes ambos têm algo em comum: - não se deixaram transformar em commodities.

Um deles é o Carlos Saldanha. O outro o Vitor Lourenço.

Saldanha é o Diretor de animação de "A Era do Gelo" 2 e 3. Sucessos absolutos! Olha só o que ele diz:





Já do Vitor, você pode nunca ter ouvido falar mas certamente já ouviu da empresa que ele trabalha, o Twitter.

Experimente dar um google no nome dele e preste bem atenção no que aparece.

Ele tem 22 anos e trabalha com design desde os 12. Isso mesmo.
Hoje ele está lá na Califórnia e é um dos diretores do Twitter.

Um trecho da entrevista dele para a Galileu:

"....Eu recebi o contato do Evan Williams (CEO do Twitter) no ano passado. Ele visitou um software que desenvolvi, chamado FoodFeed. Evan se interessou pelo conceito da aplicação e pelo meu trabalho. Fechamos um contrato remoto e posteriormente viajei para São Francisco para acompanhar a fase final do projeto de redesign do Twitter (em setembro do ano passado). Fizemos os últimos ajustes e acompanhei um pouco do trabalho árduo dos engenheiros em tornar tudo funcional. Hoje trabalho full-time como Designer de Produto no Twitter...."

- Agora, pergunta que faculdade ele fez?

Nenhuma, claro!
O diferencial competitivo dele? Ação!

Ele começou a fazer sites, criar novos formatos e se apropriar de novas linguagens e a fazer, fazer , fazer....fazer ..... Dos 12 aos 18 ele fez. Agiu.

Seguindo a teoria do Malcolm Gladwel, ele exerceu as tais 10.000 horas necessárias para se alcançar a excelência. O resto é história.

Tanto um quanto outro arriscaram ser e fazer diferente. Seguir um caminho único, fazer o que lhes dá prazer. Ah.... prazer, uma palavra quase proibida quando o assunto é trabalho.

Precisa dizer mais alguma coisa?

IM, IC e BI (continuação)


Ao IM, IC e BI é bom também acrescentar :

ERP*
ECM*
CRM*
BPM*
ITIL*
SEO*
........*
Haja neurônio pra dar conta de tanta coisa.
E não adianta pensar - "... mas eu nem sou de TI ( tecnologia da informação), por que eu tenho que saber tudo isso...?"

Se você pretende continuar vivo pelos próximos 30 anos, atuante e produtivamente, é bom começar a saber, caso contrário sua irrelevância vai ficar tão óbvia que você vai se tornar desnecessário. Se já não está e nem sabe disso.... o que convenhamos, é mais sério ainda.

Saber a que profissionais recorrer para solucionar certos problemas é no mínimo saudável. E a turma da TI é fundamental para a da IM.

Seguindo a lógica (mesmo que obtusa) da medicina ocidental, se você torce o tornozelo não vai procurar um oftalmologista. Correto?

Da mesma forma ocorre com a performance de uma equipe de vendas, por exemplo.

O resultado está abaixo do esperado e a meta é razoável? O que você vai procurar? Uma palestra de motivação?

Conta outra....

Para alcançar resultados consistentes, equipes precisam muito mais que motivação.

Resultado e desempenho. É para alcançar isso que existe liderança e gestão. A sobrevivência da empresa depende disso. Já o sucesso depende disso e muito mais.

Para chegar a esse resultado, (algumas) empresas planejam, controlam, contratam, avaliam. Em busca de soluções cada vez melhores e mais rápidas que seus concorrentes.

Utilizando várias ferramentas e softwares de data e webmining, uma consultoria de IM vai mapear todos os pontos de contato da empresa e dos concorrentes, buscar informações e tendências de mercado, pesquisar, observar a performance do atendimento, fazer o diagnóstico, observar ameaças e oportunidades e gerar relatórios com as recomendações de ações táticas e estratégicas para melhoria do processo e nova avaliação. No jargão da qualidade, vai "rodar" o PDCA* .

Vai buscar o reposicionamento da empresa em função do comportamento de seus concorrentes reais, não só na mídia impressa, mas também na eletrônica e virtual, nos mecanismos de busca e também nas várias redes sociais, portais, blogs e outros sites relacionados ao negócio para observar a imagem da empresa e dos concorrentes em comunidades, listas de discussão e Twitter. Além de verificar a visibilidade na Internet com ferramentas como o SEO*.

As ações de Inteligência de Mercado são a grande aposta das organizações para alcançar resultados consistentes. Entre as grandes empresas, em 2007, 72% das organizações realizavam ações de IM, já em 2008 este índice subiu para 83%.

Mas atenção, elas não fazem IM porque são grandes, elas são grandes porque também fazem IM.

É fundamental que esse raciocínio fique bem claro.

É possível uma empresa pequena utilizar estratégias de grandes empresas?

Sempre.

A não ser que ela queira continuar pequena. E isso pode ser uma escolha estratégica muito legítima.
Crescer por crescer não quer dizer nada. A célula cancerosa, cresce e cresce, e isso não é bom...
Um(a) empreendedor(a) pode escolher ser pequen0(a), atendendo com excelência a um pequeno nicho e ter muito lucro. Mas isso tem que ser uma decisão estratégica, não uma contingência por circunstâncias externas aos seus planos.

Inteligência de Mercado, não é apenas pegar informações e colocá-las em uma planilha. Qualquer Chimpanzé bem adestrado pode fazer isso.

A inteligência consiste justamente em raciocinar sobre os dados, identificar os padrões recorrentes, modelar o cenário e mostrar como esse cenário afetará a empresa.
Paralelamente, observar e tentar antecipar o movimento dos concorrentes, identificar oportunidades antes não percebidas, conhecendo melhor a imagem da empresa perante seus consumidores e se preparar para eventuais mudanças de tendências.

Saindo do âmbito de empresas especificamente e ampliando o tema, um exemplo bizarro de IM é o "web-bot", uma espécie de spider ou rastreamento de palavras-chave pela Internet. Ele faz previsões ( algumas bem apocalípticas) sobre o futuro.
Os resultados podem ser questionáveis, mas a ferramenta de busca foi criada inicialmente para rastrear padrões recorrentes visando movimentos cíclicos do Mercado de Ações. No fundo, no fundo, um software webmining na busca pela Inteligência do Mercado de Capitais.
Será que ele previu a bolha que veio? E as que virão?
Em resumo, um trabalho de Inteligência de Mercado requer uma reeducação dos sentidos: ouvir, enxergar, sentir melhor e mais amplamente e compreensão da interdependência e das conexões entre os vários componentes do sistema empresa.


ERP* Enterprise Resource Planning
ECM* Enterprise Content Management
CRM* Customer Relationship Management
BPM* Business Process Management
ITIL* Information Technology Infrastructure Library
SEO* Search Engine Optimization
........* todos os outros softwares e soluções que ainda vão aparecer...
PDCA* Plan, Do, Check, Action

IM, IC ou BI?

Quando o assunto é Inteligência de Mercado (IM), também se usa Inteligência Competitiva (IC) e Business Intelligence ( BI ).
Nomes diferentes para falar da mesma coisa?

Talvez.

Quem escolhe um deles vai dizer que a sua definição é melhor que a outra. Pessoalmente vejo que as diferenças, se é que existem, são tão insignificantes que nem vale a pena comentar.
Todas levam ao mesmo fim. E se é verdade que os fins justificam os meios.... então tá tudo certo.

Uma definição possível para Inteligência e Mercado - separadamente -poderia ser:

- Inteligência é a capacidade de separar o que é importante do que é irrelevante.
Relacionar diferentes tipos de informação e construir conhecimento a partir de dados selecionados com um objetivo claro.
- Mercado é um daqueles conceitos vagos e amplos, mas pode ser entendido como uma composição de pessoas e empresas que disputam espaço e têm como foco ganhar cada vez mais vantagem competitiva.

Então é preciso usar a inteligência para fazer negócios e ser competitivo?
Sempre.
A “miopia de mercado” não tira ninguém do lugar, ou melhor, tira, mas tira do jogo. Mais cedo ou mais tarde e de uma vez por todas.
Ainda bem, pelo menos assim deixa espaço para empresas mais competentes assumirem suas posições e movimentarem o ranking.

Há 2 principais motivos para se contratar um serviço de IM ( ou IC ou BI ) :
- Quando a concorrência está perigosamente avançando, e fica aquela sensação incômoda de que tem alguém te seguindo muito de perto.
- E quando é preciso alavancar um negócio que foi ficando morno e estagnado. Nesse último caso a equipe está instalada na zona de conforto, numa espécie de ante-sala do cemitério.
Em ambos os casos, seria bem melhor não ter esperado tanto para tomar essa decisão. Quanto mais tempo esperar, mais caro será o investimento para reverter o desastre.

E se tem uma coisa que gestor brasileiro detesta é tomar decisão. Desconfio que Macunaíma explica.... Por aqui sempre se jogou muito bem com a inércia!

"...deixa a vida me levar..." Em que outro país essa música faria tanto sucesso?

A IM traz alinhamento e percepção sistêmica.
Como?
Tirando o eixo do produto e trazendo para a unidade de negócios.
Ajustando a lente para que o foco saia do "umbigo" da empresa e vá para onde nunca deveria ter saído - o Mercado. O cliente. O monitoramento da concorrência.

Dessa forma, o eixo e o foco da situação se expandem e saem do horizonte miúdo do curto prazo, imprimindo uma visão global e integrada ao negócio, voltada para o Mercado e não apenas aos processos e funções internos.

Percepção sistêmica pode ser uma interface entre os setores: - Comercial, Marketing, TI, Propaganda, RH, T&D, Comunicação, Assessoria de imprensa, Projetos, Financeiro.
Aqui pode entrar também a velha máxima dos ecologistas: pensar globalmente e agir localmente. Mas parece que a grande maioria dos gestores prefere não pensar e muito menos planejar, ( afinal, isso dá trabalho...) e agir "loucamente", sem a menor noção das várias ferramentas de Mercado.

Essa é a diferença entre empresas que têm sucesso, inovação, competitividade, lucro e as outras que ainda estão disputando as migalhas. Que acham que tudo é uma questão de baixar o preço para conquistar clientes.
Tudo bem ser pequeno. Mas pensar pequeno é mortal.
Para isso não há penitência que absorva: - Vai direto pro inferno.... e inferno de empresa, depois do auditor da Receita é a falência e o fracasso.

....continua aqui:

Campanha ( super ) Inteligente

Sim, eu conheço as regras: Menos é mais e uma imagem fala por mil palavras... mas eu não vou resistir a fazer um comentário.

A genialidade dessa peça está presente em vários níveis. Na escolha do tema - mais oportuno impossível - na redação do texto, no uso coordenado de várias mídias ( flyer, vídeo, viral), na concepção da idéia, no timing da edição, no planejamento e na produção.
Isso pra ficar só no básico.

Esse trabalho transpira inteligência de mercado.

Mas ele faz isso de um modo tão despretencioso...que até irrita. Para mim tinha que ter créditos no final.

Fico imaginando o impacto da mensagem em quem participou das cenas....

ECOS DA ENTROPIA


"Um dos meus prazeres secretos é observar gente. O mundo é meu parque de diversão". eu

Em linhas bem gerais e dentro da visão mais leiga possível: Entropia pode ser definida como algo que necessariamente vai se deteriorar, caso não haja um esforço sistemático e constante na direção oposta.
Essa é uma das leis básicas da termodinâmica. Como se todas as coisas - e pessoas - se entregues à sua própria sorte, caminhassem para o caos, a dissolução e a irrelevância.

Em suma, somos precários.
Na verdade somos mortais.

Exemplo: Se não forem consumidos no tempo certo, esses morangos irão mofar. ( ....não foi o que aconteceu com esses da foto, podem ter certeza....!)

Carreiras também entram em entropia.

Exemplos:

- Aquele profissional que faz a mesma atividade há décadas e que com muito custo olha em volta e percebe que os resultados alcançados anteriormente não se concretizam mais.
O prestígio de antes - que abria portas com a simples menção do seu nome - agora requer prospecção e networking, e ele não sabe fazer isso.

.....E se recusa a aprender......

- Aquele corte de cabelo, modelo de roupa, que ficava tão bem em você, agora dá um ar de desleixo.

....Pura naftalina......

- Os assuntos e valores que sua família falava e você continua cultivando. Sucessos passados. Intermináveis sessões de nostalgia. Esse passado só atrapalha seus resultados atuais, mas mesmo assim você insiste.

- O profissional que deita e rola no status de uma profissão que abria portas no tempo do seu pai ( funcionário público do BB, a trilogia médico/advogado/engenheiro) e se recusa a ver que hoje o bacana é ser design de game para smartphone e que esse curso ainda não entrou no currículo de quase nenhuma universidade.

Estar atualizado cansa. Mas quem não está atualizado, dança.

Estar alinhado com seu tempo requer investimento, atenção, conexão, vontade, entusiasmo e um monte de outras coisas que custam tempo, dinheiro e principalmente vontade. Veja bem, não estou falando da necessidade de nenhum MBA, pós-graduação, nada disso. Atualização é um refinamento que não pode ser comprado com nenhuma certificação.

A natureza humana é acomodada, morre de preguiça, adora um sofá, uma zona de conforto para se encostar, um miojo, um snack vagabundo, mas que preencha o vazio da fome imediata.

Ouço pessoas de todas as idades com discursos velhos, desbotados, surrados, repetidos exaustivamente pelo piloto automático do ego conformado e acomodado.

Daí, lá na frente, daqui uns 10 ou 20 anos, todas as lamentações vão se justificar. "O mundo não me deu oportunidade; .... ou meu marido - ou minha mulher, ou meus pais, o governo, nunca me ajudaram; .... nunca tive sorte, como meu irmão, meu vizinho, meu cunhado, minha melhor amiga...;.....minha saúde nunca foi boa...... blá, blá, blá"

o repertório de lamentações é enorme e infinito..... dizem até que tem um muro para elas.....

Contribuimos com a entropia o tempo todo, e o pior é que nem sempre sabemos que estamos fazendo isso.

Velhos padrões. Comportamentos viciados. Desvitalizados. Tóxicos.

Esse jogo é perigoso e ninguém ganha. Só arrasta a miséria pelas próximas gerações que convivem com esse comportamento e o aprendem.

Somos a gênese da nossa decadência. Quando também poderíamos ser o milagre da nossa transcedência. É tudo uma questão de escolha, percepção e consciência.

Somos consequência da nossa genética, mas mais ainda do nosso meio.

Absorvemos comportamentos tóxicos, os reproduzimos e levamos isso para o nosso dia a dia, como os homens-bomba. Eles amarram explosivos no corpo e detonam em nome de Alá, ( que seja sempre louvado).
Aqui carregamos nossas crenças tóxicas e detonamos tudo à nossa volta, com nossa descrença e resistência à mudança. Tudo sutil e muito bem disfarçado.

Há saída para a entropia? Sim, claro!
Já fiz minha parte comi os morangos.

Cidadania, um conceito abstrato?

Algo me diz que Empresas, Escolas e Lares fazem mal à saúde.

Depois de acompanhar as notícias de crianças violentadas dentro da própria casa, alunos invadindo escolas e matando dúzias de pessoas e empresas despedindo sem nenhuma cerimônia em nome de uma suposta crise financeira a gente dá uma olhadinha na janela pra confirmar se o "estandarte do sanatório geral" não está passando.

Já que meu propósito aqui é tratar de trabalho, orientação profissional, empreendedorismo e coisas afins, vamos comentar apenas os dados das escolas e empresas. Deixemos de lado o caso da menina grávida que teve a família ex-comungada, afinal, isso é mesmo sem comentários....!
É sempre bom lembrar que nenhum desses fatos estão isolados. Eles fazem parte de um mesmo contexto existencial doentio. Quem observá-los individualmente vai esbarrar na impossibilidade da conclusão. Vai faltar peças no quebra-cabeça.

Dia desses li não me lembro onde, que a cidadania ainda não havia chegado às empresas.
Vou repetir:

"A cidadania ainda não chegou às empresas"

Isso merece uma reflexão. Se achegue, puxe a cadeira e pegue um café...

Eu diria até que a cidadania não chegou ainda nem ao nosso imaginário coletivo como nação.
Votar é a manifestação mais pobre da cidadania. Cidadania corporativa então é algo tão distante quanto a constelação de Órion.

Há um mal estar no ar das empresas e das escolas. E não é só a poluição atmosférica.
Dizem que vivemos na era do conhecimento. Não parece. Nossa era ainda é obscura. Estamos mais perto dos Neandertais do que gostaríamos de admitir. Medieval no nosso caso é um tremendo elogio.
O tempo é relativo. Passa diferente para cada um de nós. Para quem espera parece bem maior do que para quem decide.
Pois o tempo que passa dentro das empresas, principalmente por terras tupiniquins, ainda não chegou nem ao século XX. No Brasil ele ainda está ali por 1750, mais ou menos nos primórdios da revolução industrial da Europa. Os antigos capitães do mato e os feitores são hoje os gestores. Olha só que interessante, até rima.

Caminhe pelo chão de fábrica e observe a esquizofrenia do ambiente de trabalho. Olhe nos olhos, perceba a distância entre o discurso da qualidade e a prática servil a que os operários são submetidos. Observe a tirania das ISOs e veja se ela não se parece que as ordenações militares. Indústrias e Exércitos têm muito mais pontos em comum do que gostaríamos.
Conceitualmente todo o perfil operacional da indústria foi copiado para o comércio e em menor escala para o serviço.

Uma vez fiquei sabendo que atendentes de uma loja de calçados do interior de São Paulo eram proibidas de usar o banheiro da loja. O protocolo do trabalho delas incluia ficar de pé o dia todo sem poder fazer xixi. Pois é......a cidadania certamente não passou na porta daquela loja. E o pior é que essa não é uma exceção, um caso isolado dos rincões. Acontece nos melhores shoppings. O nome disso, salvo engano, é assédio moral.

Essas observações mostram, que trabalho sem respeito faz mal à saúde, física e mental.

Nas escolas, o bullying é só a pontinha do iceberg. A situação dos professores e dos alunos nessa fábrica de doidos é de tal forma disfuncional, que seria bom saber o que significa ser considerado um bom aluno de um sistema educacional falido? O que signfica formar com distinção nesse modelo. Significa que nos deixamos deformar?

Os filmes "Pequena Miss Sunshine" e "O Diabo veste Prada" mostram respectivamente de forma crua e muito bem humorada, o que estamos fazendo com nossas crianças, o perfil bizarro de uma família típica ocidental e como estamos nos sujeitando a uma vida miserável na maioria das empresas, mesmo que o trabalho seja recheado de glamour.

Pena que chegamos tão longe nesse jogo, será que ainda dá pra recuar umas 3 casas?

Somos iludidos pelo canto da sereia da civilização, mas na verdade estamos mergulhados na total barbárie.
Como trazer a cidadania para dentro dessas instituições? Você sabe? Por favor, me conte!?

O que você vai ser quando crescer?

Matéria do Jornal Hoje fala sobre Orientação Profissional.

http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL1035012-16022,00 NFLUENCIA+DOS+PAIS+NA+ESCOLHA+DE+CARREIRA+DOS+FILHOS+PODE+ATRAPALHAR.html

Cada vez mais esse tema está presente na vida de muitas famílias. Mesmo sendo tratado de forma um tanto superficial, vale a pena ver os dados que são trazidos na notícia. O índice de 44% de desistência dos cursos de graduação, no primeiro ano é, no mínimo, assustador! Quase metade das pessoas que passam no vestibular desistem. Não basta ser aprovado, não basta aprender as fórmulas dos cursinhos. É preciso se conhecer bem, conhecer o mercado de profissões para tomar decisões acertadas.

Meu amigo Giba

Tem pessoas e lugares que a gente guarda lá no sótão do coração e por mais longe e mais tempo que nos afastemos quando os reencontramos parece que foi ontem.
Gilberto é assim, um posseiro do coração dos amigos.
Gilberto e Maria José: Uma história sendo contada há 43 anos

Enquanto blogava o post “Mercado Sênior” ia me lembrando de vários exemplos que conheço. Alguns de apenas ouvir contar as histórias e outros que admiro e gosto muito. Gilberto é uma dessas pessoas.
Dias atrás recebi um link de um filme que ele fez a bordo do seu trike* enquanto sobrevoava a Mata Atlântica.

http://www.youtube.com/watch?v=bJqbN3YafZk

Na mensagem ele dizia:

“....Foi uma experiência maravilhosa, ter a oportunidade de vislumbrar aquela paisagem, (...) apreciar a beleza daquela Natureza, naquele instante mágico é uma concessão divina que não esquecerei jamais. O vídeo é uma parca amostragem da exuberância da Mata Atlântica nesse trecho paranaense. Meu vôo durou apenas 45 minutos, (...) Pousei extasiado. Adoro voar... adoro a paisagem aérea... adoro o trike, pois ele me proporciona esse privilégio.”

Gilberto é um sagitariano típico. Dizer que sagitarianos são entusiasmados é pedir para ser chamada de redundante. É o mesmo que afirmar que o fogo queima e que a chuva cai do céu. Quem me conhece um pouquinho sabe o que eu penso das coisas óbvias...!

Quando muita gente escolheu o sofá, Gilberto escolheu voar.

Em novembro, comemoramos juntos seu aniversário de 60 anos (.....mas com um corpinho de 59 e ½.....certo? ).

Gilberto começou a voar, literalmente, por volta de 2003, se não me falha a matemática. Para realizar esse sonho, ele teve que passar por vários processos, inclusive perder uns quilinhos teimosos que insistiam em morar ali pela zona da cintura e adjacências. Caso contrário o avião nem subia.
Não que ele fosse gordo, o aparelho é que era muito leve.....

Além disso, teve que fazer aulas teóricas, práticas, aprender sobre velocidade dos ventos, meteorologia e outras tantas coisas. Entrar numa escola de aviação, receber as instruções (e as broncas...imagino) do instrutor. Enfim, passar por todos os processos do aprendizado de uma aventura totalmente nova para ele. Ser humilde e se colocar na posição de aprendiz. Isso quando a grande maioria dos cinquentões já perderam o tesão em qualquer coisa que requeira sair da rotina. Romper com a zona de conforto!

Até que chegou o grande dia de realizar seu sonho. O primeiro vôo solo eles nunca esquecem!

Dessa emoção ele não consegue falar muito, talvez porque sentimentos são intraduzíveis em palavras. Um total desfrute de cada passo do seu planejamento e realização pessoal.
Reeditando o sonho de Ícaro.

Até hoje esse é seu momento de comunhão com a paz.
Aquela paz que fez João Donato e Gil comporem ... A paz, invadiu o meu coração, de repente, me encheu de paz, como se o vento de um tufão, arrancasse meus pés do chão, onde eu já não me enterro mais...
http://www.mp3tube.net/br/musics/Gilberto-Gil-A-Paz-MTV-/126450/

Meu amigo Giba é um exemplo de quem não se acomodou. De quem desafiou limites e foi além. Ousou colocar em prática a aventura e o sonho do seu espírito. Que a cada decolagem lava sua alma nas asas do seu trike. Que flutua muito acima das nossas pequenezas. Que se renova a cada aterrizagem e brinca com as nuvens.

Costumo dizer que ao realizar esse sonho ele tirou 10 anos de cada ombro. Isso foi visível!

Renovou-se.

Recriou-se.

Superou-se.

Reencontrou-se com sua essência, com o que há de mais puro e eterno em nosso coração - nosso senso de transcendência.

Querido amigo, sua história é um exemplo para mim. Que bons ventos te levem e te tragam sempre.

* Trike: asa-delta com triciclo motorizado

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