Porta dos Fundos / Janelas de Oportunidade

 
Se você frequenta o canal "Porta do Fundos" no Youtube  já sabe do que eu vou falar, se não conhece, não sabe o que está perdendo...

Quem  foi que disse que bom humor e negócios não podem andar juntos?  E que trabalho é uma coisa chata, que  a gente faz por obrigação e que o bacana do trabalho é a happy hour?

Se alguma dessas ideias anda povoando sua cabeça, será que não está na hora de rever os conceitos?
A produtora "Porta dos Fundos" tem esse canal com mais de 6 milhões de inscritos ( e subindo).  Os vídeos - que vão ao ar todas as segundas e quintas às 11:00 - nunca tem menos de 2 milhões de views com média mensal acima de 60 milhões de views. Ou seja, ela tem o canal que mais cresce na história do Youtube e o maior canal de humor do mundo. Nada mal.

Já que eles estão bombando e como eu sou super fã do Porta, comecei a pensar nessa questão de plataformas e modelos mentais.  Ou melhor, novas plataformas e antigos modelos mentais. 

Há quase 20 anos a Internet faz parte de nossa vida. 
Quem chegou ao mundo depois de 1996 praticamente já nasceu sabendo que além  da TV, do rádio, do jornal, da revista e do celular existia uma  outra mídia e que através dela a comunicação é totalmente interativa.      

Então o mundo a nossa volta deu um mega upgrade e nossa mente ainda está rodando em 1.0.  
Como assim, gente?
A Internet com os blogs, sites, portais, redes sociais, plataforma de mídia audio visual dá  oportunidade de cada um ter o seu próprio canal de mídia e se comunicar com o mundo do jeito que quiser.  O pessoal do Portas apenas tomou posse de uma plataforma que já está existe desde 2005 - Youtube - colocou suas ideias em prática com criatividade e inovação.   Usando uma expressão muito conhecida:"pensou fora da caixa".

E eles não tem do que se queixar. Estão rindo à toa.

Turma do Porta dos Fundos: João Vicente Castro, Fábio Porchat, Gregorio Duvivier, Ian SBF e Antonio Tabet
  Fonte foto
O Porta dos Fundos hoje, além de produtora de conteúdo é também um híbrido de agência de publicidade e tem faturado muito com esse modelo. Reinventou um novo modelo de atuação.   E chega a ser engraçado, (triste) que as cabecinhas de planilha, pessoas que não conseguem desengessar sua mente e trabalham hoje em empresas grandes, pesadonas e sem tesão, fiquem perguntando para eles quando eles vão para a televisão.... 

Nesse programa essa fixação beirou o patético. Foi virando quase um momento de vergonha alheia. Que dó,que dó, que dó!

A questão mais óbvia é:   Por que eles iriam para a tv se eles já tem tudo o que querem: grana, público e repercussão???
Por que é tão difícil entender que existe vida ( e vida boa e inteligente) fora do mainstream?
O Porta dos Fundos emergiu e está mostrando ao mercado como aproveitar as janelas de oportunidade e se jogar em novos modelos.  Sim, é verdade, de cada 100 que fazem isso 1 tem sucesso. Mas o negócio é não desistir e continuar tentando.


As novas plataformas de comunicação e divulgação já mudaram nossa forma de olhar para o mundo, falta só deixá-las fazer parte da nossa vida e ser feliz com elas e através delas.  


O Labirinto, o Minotauro e o Mercado de Trabalho


Diz a lenda que havia em Creta um labirinto onde morava um Minotauro.
O rei Minos, para vingar a morte de seu filho pelos atenienses, enviava a cada nove anos sete rapazes e sete moças para serem devorados pelo Minotauro, até que Teseu conseguiu matar o monstro e sair do labirinto  ajudado pelo fio de Ariadne.

Não sei porque, mas às vezes tenho a impressão que o Minotauro continua vivo...
Quem já foi numa feira de talentos, dessas que acontecem nas  Universidades pode imaginar o Minotauro.
Durante um dia, uma dúzia de "empresas dos sonhos" dos alunos da "Universidade dos sonhos" se juntam para recrutar trainees e estagiários para suas operações.
E lá vão os alunos, felizes e contentes desejando ardentemente ser "another brick in the wall".

Por que será que sinto esses jovens sendo consumidos pelo Minotauro do "Mercado".

Acho até que seria melhor se ele devorasse mesmo, de uma vez, ao invés de roubar devagarinho seus sonhos, esperanças e a espontaneidade de serem eles mesmos.
Esess jovens podem passar uma vida tentando desesperadamente ser normais e incluídos numa máquina que vai apenas usá-los, sugar seu sangue de canudinho, maltratar suas alminhas e cuspí-los fora. Será que alguém avisou à eles que querer fazer parte do "time", pertencer a uma empresa de grife a qualquer preço, vestir a camisa pode ser fatal para a saúde?
O quadro acima foi publicado numa dessas revistas de negócios.

Nada como o pragmatismo dos números para tornar as coisas mais claras.

A relação candidato/vaga de trainee é desumana, ou imoral: 31.000 para 19 vagas????

O que dizem esses números?

Por exemplo, que os professores e as escolas podem estar deixando de fazer um papel fundamental, que é o de analisar junto com os formandos, os dados reais da economia e do mercado de trabalho.
 

Quem está mostrando que as empresas de médio porte têm hoje o maior índice de movimentação e contratação?

Quem está sugerindo aos alunos que eles podem abrir seu leque de opções e ajustar sua lente de busca para empresas que sequer aparecem no ranking das empresas dos sonhos mas em compensação oferecem muito mais oportunidades do que 19 míseras vagas?

Diz também que o país e os pais, estão gastando um grana imensa para formar bacharéis que vão ser empregados, ou pior - desempregados. 

Um investimento altíssimo para formar mão de obra, que nem técnica é.

Ou seja, que escolas estão fomentando atitudes empreendedoras? Ou mostrando que existe algo chamado planejamento e gestão de carreira, que é possível traçar objetivos para sua atividade profissional e que existe vida inteligente fora dos muros das corporações e das multinacionais?

 

Outra comparação que salta aos olhos é o contraponto com a relação das vagas do vestibular da Medicina da USP. Ora, será esse o topo da cadeia alimentar?

Passar na Medicina e na USP significa algo mais simbólico do que meu míope olhar consegue perceber? 


Alguém avisou à eles que existe vida inteligente fora dos cursos consagrados? 

 

Por que não colocar sua criatividade em ação e empreender? 

Por que não investir em uma empresa de médio porte e escolher crescer junto com ela?


Onde estão as oportunidades profissionais?

Veja só essa história de Brandon Stanton. Com 29 anos, esse americano que trabalhava no mercado de ações em Chicago foi dispensado de seu emprego em 2010.

Sem muitas opções, comprou uma câmera e mudou-se para NY onde começou a fotografar pessoas comuns e suas singularidades e todos os dias postar as fotos em seu blog (humansofnewyork.com) e no Tumblr.
O sucesso foi tanto que agora 400 das melhores fotos viraram um livro que na pré-venda já está na lista dos mais vendidos.

Novos tempos pedem novos pensamentos, novas abordagens. O famoso pensar fora da caixa!  Os resultados, acredite, serão inesperados.



Talvez seja o momento de reencontrar o fio de Ariadne para acabar de vez com o Minotauro.

Inteligência de Mercado: Empreendedorismo Social: Negócio do Bem

Inteligência de Mercado: Empreendedorismo Social: Negócio do Bem

Empreendedorismo Social: Negócio do Bem


Tem coisa nova no ar.  E pelo jeito é coisa boa e do bem. 

Dias atrás uma notícia viralizou na mídia. Nos USA um menino de 7 anos escreveu um livro com o objetivo de levantar recursos para o amigo que tinha uma doença rara e sem cura, ainda. Sua meta é chegar a U$ 1.000.000.  
Em setembro passado a conta já tinha batido em U$400.000 e subindo.

Cada vez mais vamos ver exemplos assim. 

Por que? 
Porque se importar com o outro é a nova ética do século XXI!   
Pode parecer engraçado, mas está acontecendo uma revolução silenciosa que não é manchete em nenhum jornal mas já começa a ser pautada pela mídia antenada.



A Revista PEGN, na edição de maio trouxe uma matéria de capa exatamente com o tema: "Negócios com causa - A nova geração de empreendedores que lucra fazendo o bem"
São jovens formados em Universidades de ponta que abriram mão do velho modelito: graduação, trainee, mba, gerência, diretoria e "tarja preta"..( ou você nunca parou para pensar porque existem mais farmácias do que livrarias em cada esquina ?

Eles optaram por fazer a diferença no mundo.

                                                                   DOCUMENTÁRIO  

 

A cineasta Mara Mourão dirigiu e roteirizou o documentário: "Quem se importa?" 
O filme mostra a realidade e trás depoimentos fantásticos de pessoas em vários países, inclusive Brasil, sobre como elas mudaram o cotidiano de centenas de milhares de pessoas em suas comunidades trazendo de volta a dignidade através do empreendedorismo social! 


Nessa página  você vai encontrar todos os empreendedores citados no doc.

A Folha de São Paulo desde 2005 promove o "Prêmio Empreendedor Social" . Click para conhecer muita ideia bacana.


O movimentodo empreendedorismo social é mundial e com a hashtag #socialgoodbr   ou #SGB  você vai encontrar muito mais informação
E os exemplos não tem fim. Tem muita gente linda fazendo coisas bárbaras!


Tá, e daí?
O que isso tem a ver com a sua escolha profissional?  Depende. Se você se importa, tudo. 
Se não se importa, minha sugestão é que você pare a leitura e procure algo mais interessante para fazer..

Ok, você continuou... então vamos voltar ao título do post: Empreendorismo Social: Negócio do Bem.
Negócio não é filantropia. Aí está a razão de tanta gente boa optar por trabalhar com o #socialgood. 
Calcula-se que o investimento em negócios de impacto socioambiental no mundo em 2013 será de aproximadamente US$9 bilhões. Isso mesmo, 9 dígitos.
   
Claro que essa grana não vai simplesmente aterrisar no bolso dos empreendedores sociais. Toda a operação é monitorada, controlada e a gestão é planejada passo a passo, por isso é um negócio. Existe prestação de contas, ética na aplicação dos recursos e distribuição de lucros. Sim, é possível ter lucro! A matéria da PEGN fala que há 7 modelos de impacto social.

É possível fazer um trabalho e ser feliz! Exemplos para inspirar é que não faltam. 
 

Bem vindo ao mundo dos empreendedores com alma! 

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