" Os dois Brasis"



Gosto de acompanhar o raciocínio de pessoas inteligentes. Isso significa que encontro, no máximo, meia dúzia de pessoas para ler.
Infelizmente!

A Dra. Betania Tanure - professora da FDC- Fundação Dom Cabra, da PUC Minas e consultora - é uma delas.
Esse texto foi publicado originalmente no jornal Valor Econômico de 24/06/2001

Mais transparente impossível!

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O paradoxo insustentável dos dois Brasis em que vivemos
Betania Tanure

No início do mês estive imersa em um workshop com a diretoria executiva de uma das empresas mais admiradas do Brasil. Estavam conosco também um professor do Insead e uma colega que foi do MIT por mais de 20 anos e hoje vive no Canadá. Eram, portanto, além de mim, dois 'leading professors' e uma empresa de ponta discutindo conceitos contemporâneos de gestão, em desafio à sua prática.

Não se trata de uma atividade isolada, mas de parte de um processo de desenvolvimento articulado de toda a liderança da organização. Um processo de longo prazo cujo objetivo é sustentar um crescimento vigoroso que está em curso nos últimos anos e logo se tornará ainda mais ousado.

Esse é o Brasil que cresce, o Brasil que sonha, o Brasil que realiza. Um país que enche de orgulho cada um de nós, brasileiros, que há muito cansamos de ser o país do futuro e passamos a viver esse futuro, tornando-nos grande promessa na arena internacional.

Nossos executivos têm, hoje, formação e competências das melhores do mundo - algo muito diferente do que se via 20 anos atrás quando, na Fundação Dom Cabral, iniciamos um movimento de preparação de executivos para operar em um então desconhecido mundo global.

O workshop, que ocorreu em instalações de Primeiro Mundo, na Granja Viana, São Paulo, terminou às 18 horas. A chuva era forte. Eu voltaria para Belo Horizonte naquela mesma noite, mas o pessoal de apoio foi avisado de que eu não conseguira embarcar por Congonhas: São Paulo tinha 243 quilômetros de congestionamentos. Caos urbano. Esse é um outro Brasil. Nós, cidadãos, que tanto nos indignamos com as ineficiências de nossas empresas, convivemos pacificamente com essa situação.

Fomos até Campinas, Viracopos. Certamente a estrada estaria livre de congestionamentos. Ledo engano. Embarquei com um "ligeiro" atraso de quase duas horas (um problema cotidiano para quem é passageiro frequente como eu). Por volta de meia-noite, quando faltavam alguns minutos para o pouso, o comandante informou calmamente: "Senhores passageiros, não temos autorização para pousar em Belo Horizonte. O pátio do aeroporto de Confins está lotado".

Os passageiros se entreolharam. Alguns chegaram a achar que era brincadeira do comandante. Outros, que havia algum problema mecânico não revelado. Um homem gritou, indignado, do fundo do avião: "Como isso é possível? Vocês não fazem o mínimo planejamento? Tem gasolina neste avião?"

A aeronave sobrevoou Belo Horizonte durante algum tempo. A expectativa dos passageiros era que logo houvesse um lugar no pátio, mas retornamos a Campinas. Era mais de 1 da manhã quando pousamos no aeroporto dessa cidade, sem mais informações.

Ficamos bastante tempo no avião, pois não havia orientação sobre o que fazer. À 1h30 da manhã, ainda "presa" no avião, decidi abrir meu computador e partilhar com vocês, leitores, a minha indignação.

Um tempo depois, decidiu-se que ficaríamos em Campinas. Passamos a ligar para os hotéis que ficavam por perto: todos os cinco primeiros que consultamos estavam lotados. Este é o país da Copa do Mundo? Da Olimpíada? Há algumas décadas, começou a ser associada ao Brasil a denominação de "Belíndia", um país fictício que uniria a então rica e pequena Bélgica à imensa e pobre Índia (naquela época o conceito do Brics não existia). A ideia, que parece ter se eternizado, era que "somos assim mesmo, dois mundos muito diferentes em um só".

Não é possível aceitar calma e passivamente a convivência desses dois Brasis. Já se sabe, há muitos anos, que o conceito de ilhas de excelência é insustentável. Ou seja, não existem empresas excelentes em um ambiente precário. Ou será que algum de nós, em sã consciência, acredita que podemos construir empresas de Primeiro Mundo aqui, com nosso atual padrão de infraestrutura? Seria, no mínimo, ingênuo, ou até arrogante, acreditar nisso.

Esses dois Brasis são incompatíveis. Pense nisso. Criou-se uma situação insustentável e é urgente a necessidade de buscar soluções, de sair da preocupação e ir para a ação. E quem dirige eficientemente uma empresa ou forma e desenvolve pessoas pode encarar com a mesma responsabilidade e eficiência a sua parte na construção de um país melhor, mais igualitário, mais justo. Você já começou a fazer isso?

Betania Tanure é doutora, professora da PUC Minas e consultora

#fail

Daqui de fora você, eu, todos os consumidores de uma determinada marca juramos que uma grande corporação tem um mínimo de organização e sabe o que está fazendo.
Aí vem uma crise e você fica sabendo da bagunça generalizada que existe lá dentro.

Isso é assim com o universo de eletrônicos, carros, controles aéreos, governos, softwares.....
Então pra que tanta teoria? Tanto livro de administração? Tantos gurus? Tanta metodologia?

http://img.jesper.nu/view/900/fail28.jpg

Essa matéria saiu no jornal Valor:
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Pesadelo digital assombra a Sony

No mundo fantástico dos jogos on-line, uma corporação multinacional como a Sony seria um gigante desajeitado em luta mortal com um herói muito ágil. No mundo real, os hackers que atacaram o grupo japonês são bandidos - não heróis. Mas a batalha da Sony para defender seus sistemas começa a parecer uma versão de pesadelo de seus jogos.
Até agora, os hackers estão ganhando. A fama de excelência em software da Sony saiu esfrangalhada, e dados cadastrais de milhões de clientes foram roubados. Sua estratégia lapidar de receita on-line está ameaçada e seu plano de sucessão foi solapado, menos de dois meses depois de ser anunciado. E, o pior de tudo, os ataques refletem, no melhor dos casos, uma atitude despreocupada para com a segurança das informações e, no pior, francamente negligente.

A Sony fechou sua rede PlayStation Network duas semanas atrás, depois de descobrir que dados pessoais de seus 77 milhões de membros - como nome, data de nascimento, e-mail, ID de usuário e senha - tinham sido acessados por um hacker desconhecido. Dados de 10 milhões de cartões de crédito também ficaram expostos.

A companhia levou sete dias para avisar os usuários que suas informações pessoais poderiam estar comprometidas, e mais tempo ainda para contatar diretamente os usuários. A empresa finalmente pediu desculpas no domingo, depois que parlamentares americanos exigiram informações sobre o que a Sony sabia, e quando soube.

Na segunda-feira, a companhia fechou uma segunda rede, o Sony Online Entertainment System, que atende os usuários de suas séries de jogos, depois de descobrir que um hacker tinha roubado informações pessoais de 24 milhões de membros e acessado um banco de dados que reunia informações sobre mais de 12 mil cartões de débito e de crédito.

A Sony não é a primeira grande empresa a enfrentar constrangimentos com vazamentos de informações. O JPMorgan Chase e o Citibank estão entre as companhias que tiveram de reconhecer que as listas de clientes tinham sido roubadas da Epsilon, uma empresa que os bancos usavam para campanhas de marketing por e-mail. A Apple e o Google foram criticados por coletar secretamente informações privadas. E a empresa holandesa de navegação por satélite TomTom teve de pedir desculpas depois de vender para a polícia dados sobre a velocidade de seus clientes ao volante. Mas o caso da Sony é diferente, porque a empresa parece ter se esforçado pouco para garantir a segurança de seus sistemas. O hacker que forçou o fechamento da PlayStation Network entrou no sistema por meio de um servidor de aplicativos, um dispositivo intermediário de manuseio de dados que faz a interface entre o sistema particular da Sony e a internet pública. Por si só, isso envolve um grave erro de software por parte da Sony. Mas a companhia reconheceu que a fragilidade explorada pelo hacker era de conhecimento dos técnicos em segurança de TI. Inexplicavelmente, a falha não foi notada pela própria equipe de segurança da Sony.

Como parte de suas tentativas para recuperar a iniciativa, a Sony disse que nomearia um diretor de segurança da informação, acrescentaria novos serviços de firewall, criptografia e monitoramento a seus servidores e transferiria as informações de clientes para um centro de dados novo e mais seguro. Tudo isso é bem-vindo. Mas a necessidade desse tipo de mudança chama a atenção para a vulnerabilidade da segurança da empresa antes do ataque à rede PlayStation.

A Sony se recusa a informar o número de funcionários de que dispõe para cuidar da segurança de sistemas. Mas técnicos do setor dizem considerar que a equipe é pequena, comparativamente a outras que gerenciam uma significativa movimentação on-line. Se isso for verdade, o fato é indesculpável, uma vez que a Sony tinha sido avisada que era um possível alvo desse tipo de ataque pelo Anonymous, grupo ativista ligado a atividades de "hacking". O tratamento apático dado pela Sony à segurança surpreende ainda mais à luz de sua estratégia principal de gerar uma receita on-line crescente para substituir a renda obtida com produtos eletrônicos de consumo, nos quais a empresa vem perdendo terreno, como aparelhos de TV e tocadores de música portáteis.

A estratégia está funcionando: o grupo de produtos em rede contribuiu com lucros de 45,7 bilhões de ienes (US$ 565 milhões) nos três meses encerrados em dezembro, quase o dobro do total gerado pelas divisões de produtos eletrônicos mais tradicionais. Mas a iniciativa depende de convencer os consumidores a escolher a Sony como sua provedora preferida de rede on-line, e de manter a disposição dos clientes de pagar por produtos via internet. Permitir que hackers roubem os dados de cartões de crédito é uma maneira nada ideal de fazer isso, como demonstraram as convocações furiosas em favor de um boicote dos consumidores.

Não é menos constrangedor para a Sony que a pessoa responsável pelo fiasco seja Kazuo Hirai, diretor do grupo de produtos em rede e, desde março, o sucessor ungido de Sir Howard Stringer, o principal executivo da Sony. A possível ascensão de Hirai ao cargo máximo da empresa, agora, vai depender da maneira como ele vai administrar a crise daqui para frente. Dependerá também de o roubo de dados financeiros ser seguido ou não por fraudes e da possível ocorrência de novos ataques bem-sucedidos de hackers à empresa.

A questão decisiva, no entanto, é que a Sony precisa melhorar seriamente o tratamento que dá à segurança e assegurar que não haja novas vitórias dos hackers. Se não conseguir fazer isso, ela será, de fato, um gigante caído.

Fonte: http://www.valoronline.com.br/impresso/empresas/102/421719/pesadelo-digital-assombra-a-sony


Tomohiro Ohsumi/Bloomberg

Está na hora de dar mais valor ao diretor de TI

Repassando algumas matérias de jornal onde fica flagrante e " desinteligência de mercado " de algumas empresas.
Continuo na dúvida: Corporação que nasceu na era industrial analógica do século XX vai conseguir adaptar-se ao cenário digital e de rede do século XXI?


John Bussey | The Wall Street Journal - 19/05/2011

A Sony Corp. não é nenhuma relaxada quando se trata de tecnologia, então seu recente embate desastroso com hackers fez empresas do mundo todo se perguntarem: se aconteceu com a gigante japonesa, pode acontecer com a gente?

É claro que a resposta é que já está acontecendo. A Sony entrou para a lista crescente de empresas invadidas facilmente pelos hackers - empresas como a Epsilon, a RSA e a Nasdaq, só para citar algumas.

Junte uma mesa de presidentes de empresas e você vai ouvir histórias sobre os milhares de ataques de hackers que elas bloqueiam constantemente - e às vezes não conseguem impedir.

Mas pergunte a esses executivos se seus diretores de tecnologia da informação se reportam diretamente a eles e, provavelmente, poucos responderão "sim" - menos da metade ou apenas um terço, mostram pesquisas diferentes. Embora a segurança dos dados seja uma prioridade neste século XXI - uma das maiores, segundo a conversa dos executivos -, em muitas empresas o quadro hierárquico ainda está firmemente no século XX. E isso pode ser parte do problema.

"Parte disso é só um pensamento antiquado nas empresas - que a tecnologia é, em essência, apenas algo útil", diz Vasant Dhar, que dirige a parte de TI da Escola de Administração Stern, da Universidade de Nova York. "A informação se tornou uma peça crucial das empresas. Em termos conceituais, realmente não há diferença entre ela e o produto físico." Para proteger e explorá-la apropriadamente, diz ele, o diretor de TI precisa participar da equipe estratégica do mais alto escalão e sentar "à mesma mesa que o diretor-presidente".

O fato de que menos da metade realmente o faça, e que o resto é supervisionado por uma camada adicional ou mais de hierarquia, é uma velha fonte de queixas dos diretores de TI. Especialmente com a expansão das responsabilidades deles, que passaram de apenas supervisionar a intranet da empresa para administrar pela internet a mais complexa interação empresarial entre clientes e fornecedores, algo que aumenta a vulnerabilidade a invasões.

Alguns dos estudiosos dizem que há bons motivos para a queixa e as empresas mostrarão sagacidade se a ouvirem. Um exemplo clássico, dizem, é que as empresas deveriam aproveitar seus diretores de TI para tarefas mais ambiciosas, como ajudar a encontrar novas ideias de produtos e fontes de receita nos dados sobre os clientes. Elas também deveriam usar o diretor para colaborar na decisão de que dados de cliente descartar, já que ou não vale a pena o risco de sofrer uma invasão ao banco de dados ou o cliente nunca pretendeu que informação fosse armazenada.

O risco pode se transformar rapidamente em custo, como mostra o exemplo da Sony. Os hackers surrupiaram milhões de arquivos de clientes do cofre de dados supostamente seguro da Sony. A empresa teve de desligar sua rede PlayStation Network para descobrir o que tinha sido furtado. Quando a Sony conseguir contabilizar o faturamento perdido, as despesas da investigação e outros custos relacionados, a conta pode chegar a centenas de milhões de dólares, segundo estimativas externas.

Acrescente a isso a perda da confiança - e da lealdade - dos clientes. "Só quero saber quando posso voltar a jogar Madden", escreveu um cliente do popular jogo de futebol americano, antes de a Sony retomar o site do PlayStation, no fim de semana. "Olá Xbox", escreveu outro dono de PlayStation no fim de semana, ameaçando mudar para o concorrente da Microsoft.

É bom fechar a porta do estábulo mesmo quando o cavalo já fugiu, e a Sony tomou um passo nessa direção e anunciou a criação de um diretor de segurança de TI em sua hierarquia.

Quando perguntado por que a empresa de entretenimento não tinha esse cargo, um porta-voz disse: "A Sony sempre se esforçou para proteger a integridade de nossos sistemas e dos dados neles, mas o ataque que sofremos serviu de lembrete de que nenhum sistema é invencível. O novo cargo de diretor de segurança de TI vai manter um foco dinâmico nas últimas ameaças à segurança e nas defesas avançadas contra essas ameaças, para garantir nosso compromisso inabalável de proteção dos dados de nossos clientes". ( sic)

As empresas que dependem especialmente dos dados, muitas delas na área financeira, já têm diretores de segurança de TI há algum tempo. Shawn Banerji, que contrata esses profissionais na firma de recrutamento executivo Russell Reynolds, diz que o cargo é uma das categorias de emprego mais procuradas no mundo atual da tecnologia. As companhias que o empregam, diz Banerji, também tendem a permitir que o diretor de TI fique próximo do diretor-presidente, para que possam se comunicar diretamente.

Na Sony, como em muitas outras empresas, ainda não é assim. O novo diretor de segurança de TI da Sony será supervisionado pelo diretor de TI, que continua a ser supervisionado pelo diretor de transformação, que, por sua vez, é supervisionado pelo diretor-presidente. ( ??)

Cyber War

O que tem em comum a Sony (Playstation) ,Visa, Mastercard, Paypal, FMI e agências governamentais em geral?

Todos foram alvo de ataque de hackers em seus sistemas on line nos últimos meses.
Bem vindo à Cyber War!

Há várias guerras em andamento no mundo real nesse exato momento.
Algumas são manchetes de jornais, outras acontecem nos subterrâneos.
Ninguém sabe, ninguém vê, o que não significa que seus estragos sejam menores, visíveis ou não.

Preste atenção nas notícias, aqui e ali o tema começa a aparecer nas páginas internas dos jornais e revistas. Em breve virando matéria de capa com direito à manchete na primeira página.

Os 2 filmes abaixo trazem um pouco do espírito do momento que estamos vivendo agora.

O primeiro tem 16 anos e o segundo completando 10. Como passam geralmente nas sessões da tarde e os atores são adolescentes, pode parecer que esse papo é programa teen e pelo tempo que foram lançados parece que estão defasados.

Não se engane, nada mais falso.

Esse filme já vale só para ver a Angelina Jolie em começo de carreira.

E esse aí toca na ferida e vale pela insistência - nada sutil - em associar o perfil do vilão ao dono daquela "empresinha" de software de Silicon Valley.
Ameaça Virtual Poster

Um outro filme bastante oportuno para esse momento e que vale a pena dar uma revisitada já que foi lançado em 2006 é o genial V de Vingança com produção dos irmãos Wachowiski (Matrix) e onde Natalie Portman esbanja talento!
2006 http://pt.wikipedia.org/wiki/V_de_Vingan%C3%A7a_(filme)

Vale cada pipoquinha!

Além da mídia impressa as notícias na Web estão pipocando, com os empolgantes comentários dos webcidadãos. A grande maioria apoiando as ações . Uma olhadinha nesses portais não custa nada:

Yahoo! BrasilYahoo! Brasil
Yahoo! Brasil

A razão principal desse post é a seguinte: Se as instituições da era industrial* quiserem combater esses ataques usando meios analógicos, ou pessoas com métodos antigos do tipo "comando- controle" vão se dar muuuuuuito mal.

A moçada à frente dessas ações já nasceu com DNA digital.
Pensam, agem, sentem e conectam-se com o mundo de modo TOTALMENTE diferente.
Sua lógica cognitiva é outra e não vai jamais ser alcançada com a "cabeça de dinossauro" de quem dirige as instituições arcaicas, pesadonas e defasadas.

As ações do Wikileaks no ano passado foram apenas um pequeno aperitivo do que vem por aí.
Abro o jornal e vejo a foto de um dos responsáveis pelo "gabinete de segurança institucional da presidência da república".

Ôh dó!

O cara deve ter feito 60 anos lá na década de 90. E cá entre nós - se não tem essa idade toda, precisa de um facelifting u-r-g-e-n-t-e, colega! =)

Admito que ele pode ser competente para fazer várias outras atividades, mas nunca no combate aos cyber ataques como os já ocorrem e os ainda vem por aí.
Ter uma pessoa dessa nesse papel é quase pedir para ser invadido.
Tudo bem, ninguém acha mesmo que inteligencia seja atributo de nenhum governo ou corporação.
O negócio deles é o poder pelo poder e... bem... deixa pra lá..

Na busca rápida no Youtube por "Anonymous" uns 30.000 links vão aparecer. Esse é o nome de um dos grupos de hackers que está à frente das ações.

Uma das principais lógicas dos hackers é o funcionamento em rede. Não há lideranças.
Quando há são apenas para determinda situação e depois ela é diluída até a próxima ação.
Sua principal estratégia é estarem todos conectados e distribuídos.

Essa merece um replay:

Preste bem atenção: CONECTADOS E DISTRIBUÍDOS!

Inteligência é adaptar essa forma de ação para alvancar os planos de BI de uma empresa.
Inteligência é ficar ligado nos resultados que esse tipo de ação vai ter e copiar, opsss, fazer um
benchmarking no que for possível.

O que estamos vivendo agora Hollywood já avisa há muito tempo!
Acorde! O que antes era entretenimento agora é vida real e virtual.

Em breve o Pública vai começar a colocar no ar os documentos do Wikileaks relativos ao Brasil.
Se segura que a festa está só começando! Lenha pra fogueira é que não vai faltar.
Troque suas senhas e boa diversão!


* era industrial nesse contexto, pode ser entendido como o conjunto de regras que não conseguem mais ser aplicadas na era da sociedade em rede.

"Cultura e a guerra por talentos"


Reproduzo coluna de hoje na Folha de São Paulo de Alexandre Hohagen

Quem é Alexandre Hohagen?
Ninguém menos que o gestor de operações do
Facebook para a América Latina e ex fundador das operações do Google Brasil.
Pessoalmente concordo com 101% do que ele diz aqui.


"Para manter os talentos da geração dos anos 80, não basta elevar salários; eles querem mais do que isso
SE VOCÊ é executivo, chefe, empreendedor, profissional antenado, atenção para duas realidades: estamos vivendo uma escassez de profissionais qualificados; e a geração Y, que nasceu na década de 80 e foi criada no mundo digital, está dando uma banana para as empresas que pensam que, para atrair e reter talentos, basta aumentar salários.

Essa geração, na verdade, quer muito mais do que isso, como mostrou pesquisa recente da Cia. de Talentos. Nela, 35 mil jovens em todo o país contaram o que querem na hora de escolher as empresas para trabalhar. Cultura e ambiente de trabalho, oportunidade de desenvolvimento e qualidade de vida vêm acima da remuneração!

Uma das ações mais fascinantes e ao mesmo tempo desafiadoras no mundo corporativo é como construímos e mantemos uma cultura de trabalho saudável e inspiradora.
Muitos dizem que a cultura é o reflexo do estilo de seu líder. Tenho pensado bastante em qual papel exercemos nesse tema.

Minha vida profissional foi acompanhada de experiências com a construção e a manutenção de culturas corporativas. É incrível como o ambiente de trabalho, o espírito de empreendedorismo, a capacidade de colaboração, o respeito e o desapego ao poder têm relação direta com a performance das pessoas e das empresas.

No Google, comecei com menos de meia dúzia de pessoas e dedicação na construção de uma cultura que contribuiu para que a empresa tivesse o sucesso e o reconhecimento que tem hoje. Um trabalho que foi construído passo a passo -não só pelo líder, mas por centenas de mãos que se juntaram a uma filosofia simples, direta, com tremendo foco nas pessoas e suas motivações, num ambiente equilibrado entre performance e diversão... tudo isso ao longo de mais de cinco anos.

Há algumas semanas, fui convidado para um curso de empreendedorismo cujo tema era liderança e cultura. Dúvida mais comum dos participantes: como construir uma cultura vencedora e como mantê-la à medida que a empresa cresce.

A manutenção da cultura é fator essencial na retenção de talentos, principalmente à medida que as empresas crescem, se tornam mais burocráticas, deixam de lado o equilíbrio entre metas e ambiente de trabalho, entre outras mudanças.

Interessante é que, num mundo cada vez mais competitivo, a guerra por talentos leva grandes empresas a focar suas armas mais nas questões financeiras do que no esforço de construir uma cultura inspiradora, balanceada, colaborativa.

Quiseram também saber o significado de culturas vencedoras e qual será o foco agora que estou montando a operação do Facebook na América Latina. A construção de uma organização tem de estar, acima de tudo, alinhada a seus valores éticos e morais. É básico e assegura à empresa sua sobrevivência, sua reputação e excelentes resultados.

Outro foco fundamental é na formação da equipe inicial. Uma das coisas importantes que aprendi na carreira é a importância de contratar as pessoas corretas no início. Aqui os candidatos passam por ao menos cinco entrevistas, sempre com pessoas de diferentes times, para garantir a diversidade nas perguntas. Em alguns casos, fazem apresentações para um painel de executivos. Ao final, cada entrevistador sugere a contratação ou não.

As decisões são colegiadas. Mais importante do que o currículo ou as entrevistas é o alinhamento dos candidatos com a cultura que queremos construir. Muitas vezes, candidatos brilhantes academicamente não têm o perfil para trabalhar num ambiente informal e pouco hierarquizado, por exemplo.
No Brasil, vamos inovar trazendo uma equipe de jovens de diferentes locais, que já trabalham na empresa há alguns anos, para ajudar na integração e na cultura dos novos funcionários.

Como líderes num país tão dinâmico e promissor, entendo a responsabilidade que temos na formação de muitos profissionais. Trabalhar com respeito, desenvolver pessoas, construir culturas saudáveis está acima do nosso papel profissional. É uma obrigação ética com as novas gerações. "

ALEXANDRE HOHAGEN, 43, jornalista e publicitário, é responsável pelas operações do Facebook na América Latina. Em 2005, fundou a operação do Google no Brasil e liderou a empresa por quase seis anos. Escreve às quintas-feiras, a cada quatro semanas, nesta coluna.

Uma escola ensinaria isso...?

...Resposta: - Claro que não!!! Todas as instituições, empresas e coisas do gênero estão absolutamente perdidas!!

Muito bem vinda, nova geração!
Mande todas as grades curriculares para a lata de lixo da História!


Business Intelligence

Conceito de BI precisa ser ampliado, diz Gartner


Notícia interessante do site CIO que transcrevo:

" As empresas devem expandir o seu conceito de Business Intelligence (BI) para incluir a análise de grandes quantidades de dados internos e externos, segundo analistas da Gartner. O benefício seria maior para as organizações que associam capacidades de BI às práticas de gestão de desempenho estratégico, defende a consultoria.
A questão foi abordada durante o Gartner BI Summit, em Los Angeles, por analistas e gestores de TI, que acreditam que os sistemas de inteligência corporativa ainda estão centrados em si mesmos. Além disso focam-se muito no uso de dados de desempenhos passados, como receitas, custos e benefícios para justificar os seus esforços de melhoria de eficácia eficiência e redução de custos.

E os sistemas que respondem a essas solicitações táticas de negócio, são pouco favorecidos pelos benefícios estratégicos de um sistema de BI mais amplo, disse Patrick Meehan, analista da Gartner. A longo prazo, as empresas podem obter mais benefícios estratégicos dos seus investimentos em BI combinando práticas de gestão do desempenho com visão e integração de dados, tanto internos como externos, sugeriram vários analistas

Os CEO devem fazer duas ou três perguntas estratégicas de negócios que precisam de ver respondidas de forma coerente e, depois, determinar os dados a serem recolhidos e analisados periodicamente, disse Meehan. “O BI não se compra. Não vem numa caixa. É uma questão de fazer as perguntas certas", acrescentou. O maior impacto do BI é a sua capacidade de antecipar oportunidades de negócio.
Para fazer isso de forma eficaz, as empresas devem considerar tanto os dados de desempenho no passado como os indicadores de futuro, diz Michael Smith, outro analista da empresa. Uma análise mais completa pode ter, de longe, maior impacto nos lucros da empresa. “A grande maioria das informações nos sistemas de BI atuais constitui indicadores tardios, ultrapassados.”

Indicadores de futuro podem vir tanto de fontes de dados externas como internas e podem ser muito específicos para o negócio, disse Smith. Por exemplo, uma empresa pode analisar indicações qualificadas de negócio para prever o futuro desempenho financeiro.

Além disso, a análise de indicadores externos e internos, tais como o custo do transporte de matérias-primas e das taxas de inflação pode ajudar as empresas a fazerem os ajustes necessários nas suas operações. Para Smith, a omnipresença da Internet tornou a obtenção dessa informação externa uma tarefa quase trivial.

Mas uma empresa precisa sempre de ser capaz de correlacionar dados de uma forma eficaz e saber que indicadores têm um impacto direto no seu negócio, diz o especialista."

Fonte: http://cio.uol.com.br/gestao/2011/06/07/conceito-de-bi-precisa-de-ser-ampliado-diz-gartner/


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