Muito além da linearidade


Li recentemente o último livro de Malcolm Gladwell, "Fora de Série - Outliers" que foi recomendado no blog de Viviane Sevarolli:
http://theunobtrusives.blogspot.com/

No seu post ela contava que tinha ido a uma palestra do autor em Seattle e comentava sobre como tinha gostado do livro. Imediatamente entrei no http://www.estantevirtual.com.br/ e fiz meu pedido.
Abaixo, reproduzo uma história em que ele fala de conexões.

Da importância de analisar dados que vão além da linearidade medíocre a que nos acostumamos a abordar a vida.

O livro inteiro é ótimo, especialmente no capítulo em que ele trata sobre "A teoria étnica dos acidentes de avião", ele arrasa mostrando que todos os eventos estão muito mais carregados de complexidade do que nossa mente preguiçosa gostaria.

Por enquanto coloco apenas essa introdução e se você gostar procure ler o livro, tomando o cuidado de saborear cada capítulo.

Gladwell, junto com Nassim Taleb, autor de "A lógica do Cisne Negro" e "Iludidos pelo Acaso", são dois iconoclastas, outliers, que não se importam em virar a mesa da mesmice para mostrar outras margens pouco visitadas do que chamamos realidade.

Essa narrativa é altamente reflexiva e mostra implicações que sequer imaginamos das conexões que regem nossas "certezas" tão frágeis.

Boa leitura!

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O MISTÉRIO DE ROSETO
Malcolm Gladwell (2008)

Roseto destaca-se das pequenas cidades da Pensilvânia pelo grau de interesse acadêmico que atraiu.

Roseto Valfortore situa-se 169 Km a sudeste de Roma, nos contrafortes dos Apeninos, na província italiana de Foggia. No estilo das aldeias medievais, a cidade se organiza em torno de uma grande praça central. Diante dela está o Palazzo Marchesale, o palácio da família Saggese, no passado a maior proprietária de terras da região. Uma arcada lateral conduz a uma igreja, a Madonna del Carmine – Nossa Senhora do Monte Carmine. Degraus de pedra estreitos sobem as encostas dos montes, flanqueados por grupos de casas de pedra de dois andares e telhas vermelhas. Durante séculos, os paesani, ou camponeses, de Roseto trabalharam nas pedreiras de mármore das montanhas em torno da cidade ou cultivaram os campos no vale abaixo, descendo de 6 a 8km de manhã e, depois, fazendo o longo percurso de volta à noite. A vida era dura. Os moradores desse lugar mal sabiam ler, eram paupérrimos e não tinham muita esperança de melhorar economicamente. Foi quando no final do século XIX chegou à região a notícia de que havia uma terra de oportunidades do outro lado do oceano.

Em janeiro de 1882, um grupo de 11 moradores da cidade – 10 homens e um menino – zarparam para Nova Iorque. Passaram a primeira noite nos Estados Unidos dormindo no chão de uma taverna em Mulberry Street, na Pequena Itália de Manhattan. Depois se aventuraram para o oeste, até encontrarem trabalho numa pedreira de ardósia a 145 Km da cidade, perto de Bangor, Pensilvânia. No ano seguinte, mais 15 pessoas de Roseto trocaram a Itália pela América, e vários membros desse grupo foram se juntar aos que já haviam chegado. Esses novos imigrantes, por sua vez, enviaram notícias a Roseto sobre a promessa do Novo Mundo. Em pouco tempo, outros grupos de conterrâneos seus começaram a fazer as malas e rumar para a Pensilvânia.

O pequeno fluxo inicial de imigrantes acabou se transformando numa torrente. Em 1894, cerca de 1.200 habitantes de Roseto solicitaram passaportes para os Estados Unidos, deixando ruas inteiras de sua cidade natal completamente abandonadas. Essas pessoas começaram a comprar terras numa encosta rochosa, ligada a Bangor por apenas uma trilha de carroça íngreme e sulcada.

Construíram grupos de casas de pedra de dois andares, com tetos de ardósia, em ruas estreitas que se estendiam de alto a baixo na encosta. Ergueram uma igreja e batizaram-na de Nossa Senhora do Monte Carmelo. A via principal onde ela se localizava ganhou o nome de avenida Garibaldi, em homenagem ao grande herói da unificação italiana. No princípio, chamaram sua cidade de Nova Itália. Mas logo mudaram o nome para Roseto, que pareceu mais apropriado, pois quase todos os seus moradores eram procedentes da mesma aldeia na Itália.Em 1896, um jovem e dinâmico sacerdote – padre Pasquale de Nisco – assumiu a Igreja de Nossa Senhora do Monte Carmelo. De Nisco criou sociedades espirituais e organizou festas. Incentivou as pessoas a limpar os terrenos e plantar cebola, feijão, batata e árvores frutíferas nos grandes quintais de suas casas. Distribuiu sementes e mudas.

Roseto ganhou vida.

A população passou a criar porcos e a cultivar uvas para o vinho caseiro. Escolas, um parque, um convento e um cemitério foram construídos. Pequenas lojas, confeitarias, restaurantes e bares começaram a se instalar ao longo da Avenida Garibaldi. Mais de 12 fábricas surgiram, produzindo blusas para o comércio de roupas.

Na vizinha Bangor, a população era predominantemente galesa e inglesa. Na outra cidade mais próxima, a concentração era de alemães. Dadas as relações hostis entre ingleses, alemães e italianos naquela época, Roseto continuou a abrigar exclusivamente sua própria população. Quem subisse e descesse suas ruas nas primeira décadas do século XX ouviria apenas italiano, mas não qualquer italiano – somente o típico dialeto sulista de Foggia, falado na Roseto européia. A Roseto americana era seu próprio mundo minúsculo e auto-suficiente – praticamente desconhecido pela sociedade em volta.

E poderia ter permanecido assim não fosse um homem chamado Stewart Wolf.Wolf era médico. Especialista em estômago e digestão, lecionava na Faculdade de Medicina da Universidade de Oklahoma. Passava os verões numa fazenda na Pensilvânia, não longe de Roseto – embora isso não significasse grande coisa, pois a cidade estava tão concentrada em seu próprio mundo que era possível morar ao lado e não saber muito sobre ela. “Certa vez – acho que no final da década de 1950 –, eu estava lá e fui convidado para dar uma palestra na sociedade médica local”, Wolf contou, anos depois, numa entrevista. “Após a apresentação, um dos médicos me chamou para tomar uma cerveja. Enquanto bebíamos, ele disse: “Pratico a medicina há 17 anos. Recebo pacientes de toda a região, mas raramente encontro alguém de Roseto com menos de 65 anos que tenha doença cardíaca.” Wolf ficou surpreso. Tratava-se da década de 1950, anos antes do advento dos remédios que reduzem o colesterol e das rigorosas medidas de prevenção de problemas cardíacos. Os infartos constituíam uma epidemia nos Estados Unidos – eram a principal causa de mortes em homens com menos de 65 anos. A experiência mostrava que era impossível ser médico naquela época e não se deparar com esse tipo de doença.

Wolf decidiu investigar. Conseguiu o apoio de alguns alunos e colegas da Universidade de Oklahoma. Eles reuniram os atestados de óbito dos moradores da cidade, procurando os mais antigos que conseguissem obter. Analisaram os registros médicos, leram os históricos e traçaram as genealogias das famílias. “Decidimos fazer um estudo preliminar. Começamos em 1961. O prefeito permitiu que usássemos a sala do conselho municipal. Instalamos pequenas cabines para coletar sangue e fazer eletrocardiogramas. Ficamos lá durante quatro semanas. Depois, as autoridades nos cederam a escola, onde trabalhamos durante o verão. Convidamos a população inteira de Roseto para ser testada”, conta Wolf. Os resultados foram surpreendentes. Em Roseto, quase ninguém com menos de 55 anos havia morrido de ataque cardíaco ou mostrava sintomas de problemas do coração. Para homens acima de 65 anos, a taxa de mortalidade por doença cardíaca era cerca de metade da que se registrava nos Estados Unidos de modo geral. Além disso, a taxa de mortalidade por todas as causas naquela cidade era, espantosamente, 30% a 35% menor do que o estimado.Wolf convidou para ajudá-lo o amigo John Bruhn, sociólogo da Universidade de Oklahoma. “Contratei estudantes de medicina e alunos de sociologia como entrevistadores. Fomos de casa em casa em Roseto. Conversamos com toda pessoa maior de 21 anos”, Bruhn se lembra. Embora isso tenha acontecido há mais de 50 anos, ele deixou escapar uma sensação de espanto ao mencionar o que descobrira. “Não havia suicídios, alcoolismo nem vício de drogas. O número de crimes era mínimo. Ninguém dependia da previdência social. Então procuramos casos de úlcera péptica. Não havia. Aquelas pessoas estavam morrendo de velhice. Nada mais.”Os colegas de profissão de Wolf tinham um nome para um lugar como Roseto – uma cidade que estava à margem da experiência do dia-a-dia, onde as regras normais não se aplicavam.

Roseto era uma outlier.

A primeira hipótese imaginada por Wolf foi a de que os habitantes de Roseto seguiam práticas alimentares do Velho Mundo que os tornavam mais saudáveis do que os demais americanos. Mas em pouco tempo ele constatou que isso não era verdade. Aquelas pessoas cozinhavam com banha de porco, e não com azeite de oliva, a saudável opção usada na cozinha mediterrânea. Na Itália, a pizza era uma crosta fina com sal, azeite e talvez anchovas, tomate e cebola. Na Pensilvânia, ela combinava massa de pão com salsicha, pepperoni, salame, presunto e às vezes ovos. Doces como biscotti e taralli, que na Itália costumavam ser reservados para o Natal e a Páscoa, em Roseto eram consumidos o ano inteiro. Quando Wolf pediu que nutricionistas analisassem os hábitos alimentares da população local, constatou que 41% das calorias – uma porcentagem imensa – eram provenientes de gorduras. E nenhum morador daquela cidade acordava de madrugada para praticar yoga ou correr 10 Km.
Muitos eram fumantes inveterados e enfrentavam obesidade. Se a causa daquela saúde acima da média não estava na dieta nem na prática de exercícios físicos, estaria então na genética? Como aquelas pessoas constituíam um grupo coeso originário da mesma região da Itália, Wolf passou a considerar a possibilidade de que elas pertencessem a uma estirpe particularmente robusta, com grande resistência a doenças. Então, rastreou parentes desses indivíduos em outras regiões dos Estados Unidos para ver se eles compartilhavam a saúde notável dos primos da Pensilvânia. Não foi o caso. Wolf examinou em seguida a própria região de Roseto.

Será que viver nos contrafortes do leste da Pensilvânia poderia oferecer algum benefício à saúde?
As duas cidades mais próximas dali eram Bangor, situada um pouco abaixo dos montes, e Nazareth, a alguns quilômetros de distância. Ambas tinham mais ou menos o tamanho de Roseto e eram habitadas por imigrantes europeus também muito trabalhadores. Wolf examinou os registros médicos das duas cidades. Para homens acima de 65 anos, as taxas de mortalidade por doenças cardíacas em Nazareth e Bangor eram cerca de três vezes mais altas do que em Roseto. Outra pista falsa.Wolf passou a desconfiar de que o segredo de Roseto não era nada que haviam imaginado, como dieta, exercícios físicos, genes e geografia – tinha que ser a própria Roseto. À medida que começaram a caminhar pela cidade e a falar com os moradores, Wolf e Bruhn descobriram o motivo. Observaram como as pessoas interagiam, parando para conversar em italiano na rua ou cozinhando umas para as outras nos quintais.

Tomaram conhecimento dos clãs familiares que se mantinham sob a estrutura social do lugar. Viram como em muitas casas três gerações moravam sob o mesmo teto – e o respeito dedicado aos avós. Foram à missa na Igreja Nossa Senhora do Monte Carmelo e observaram o efeito unificador e calmante daquele ambiente. Contaram 22 organizações cívicas em uma cidade com pouco menos de 2 mil pessoas. Perceberam o espírito igualitário particular da comunidade, que desestimulava os ricos a ostentar o sucesso e ajudava os malsucedidos a encobrir seus fracassos. Ao transplantarem a cultura paesani do sul da Itália para os montes do lesta da Pensilvânia, aquelas pessoas criaram uma estrutura social altamente protetora que era capaz de isolá-las das pressões do mundo moderno. Elas eram saudáveis por causa do lugar onde viviam, do mundo que haviam criado para si mesmas em sua minúscula cidade nas montanhas.“Ainda me lembro de quando fui a Roseto pela primeira vez. Naquela época víamos três gerações reunidas nas refeições em família. Havia todas aquelas padarias, as pessoas subindo e descendo as ruas, sentando-se nas varandas para conversar umas com as outras, as fábricas de blusas onde as mulheres trabalhavam durante o dia enquanto os homens se ocupavam nas pedreiras de ardósia. Aquilo era mágico”, diz Bruhn. Quando Bruhn e Wolf apresentaram suas descobertas à comunidade médica, enfrentaram uma grande reação de ceticismo. Eles participaram de conferências em que seus colegas estavam exibindo longas relações de dados, dispostos em gráficos complexos, para se referir a um tipo específico de gene ou de processo fisiológico. Eles, por sua vez, estavam falando dos benefícios misteriosos e mágicos de parar para conversar com as pessoas na rua e dos efeitos positivos de familiares de três gerações de viverem sob o mesmo teto.

Segundo o pensamento convencional da época, uma vida longa dependia, em grande parte, de quem éramos, ou seja, de nossos genes. E também das decisões que tomávamos em relação à escolha dos alimentos, da nossa opção quanto à prática de exercícios físicos e, ainda, da eficácia do sistema médico. Ninguém estava acostumado a associar a saúde à comunidade.
Wolf e Bruhn tiveram que convencer a área médica a pensar na saúde e nas doenças cardíacas de um modo totalmente diferente. Afinal, não dá para entender por que alguém é saudável analisando apenas suas opções ou ações pessoais. É necessário olhar além do indivíduo. E também conhecer a cultura da qual ele faz parte, saber quem são seus amigos, sua família e a cidade de origem de seus familiares.

É preciso ainda aceitar a idéia de que os valores do mundo que habitamos e as pessoas que nos cercam exercem um grande efeito em quem nós somos. Neste livro, quero fazer por nossa compreensão do sucesso o que Stewart Wolf fez pelo entendimento que agora temos da saúde.

Mercado Sênior


"Quem não for belo aos vinte anos, forte aos trinta, esperto aos quarenta e rico aos cinqüenta, não pode esperar ser tudo isso depois."
Martinho Lutero

- Com todo respeito ao Lutero, eu discordo completamente!

O contexto em que essa idéia foi escrita no séc XVI, é completamente diferente 5 séculos depois.
A começar pela expectativa de vida.

Naquele tempo, viver 40 anos devia ser algo quase impensável ( e doloroso).

Uma pessoa dessa idade podia ser considerada senil. As pestes, guerras, o estilo de vida predominantemente rural, a exposição à hostilidade do clima, enfim, tudo isso devia castigar tanto o corpo e o espírito, que aos 40 a morte era uma benção.

Medicina e dentista, nem pensar.

Por que falar sobre isso?

Nossa geração já superou a barreira dos 3 dígitos. Cada vez mais encontramos pessoas que chegam aos 100 anos, com saúde física, mental, emocional e espiritual. Isso ainda não é comum, mas acontece. Estão aí a D. Canô, o Niemeyer, e a mãe do Chico Buarque.

Infelizmente, algumas pessoas envelhecem como seus pais e avós.
E não é por uma questão genética, mas ambiental e simbólica.
E digo isso no mal sentido. Com todos os problemas que eles tiveram, inclusive a postura corporal e a comportamental.

Como assim?

Somos seres altamente simbólicos. Nossa mente se movimenta a partir de crenças. Tudo o que pensamos e sentimos é filtrado por nossas crenças.

Vemos o mundo que acreditamos, não o real.

As realidades são "construídas" baseadas nessas crenças. E isso não é papo esotérico, não. É fruto de descobertas das neurociências. Nosso cérebro ainda é uma caixa negra.

Ok, mas vamos deixar por menos. Digamos que chegaremos aos 90 anos.
E daí?
Quem aos 50 está se sentindo acabado, como pretente viver nos próximos 40 anos?

Estrategicamente, que planos profissionais traçar para esse futuro?

Aposentadoria é um conceito tão antigo quanto usar chapéu, polaina e bengala.
.....Ou broche, laquê e anágua.

Faz parte de um passado morto e enterrado. Um paradigma que já foi superado mas ainda tem gente que o sustenta como sendo uma tábua de salvação.

O que fazer com a sabedoria adquirida em toda essa trajetória dos últimos 50 anos?

Que objetivos profissionais é possível traçar?

Onde e como queremos estar daqui há 5 anos? Em 2015.

O futuro é uma das muitas abstrações das nossas crenças.
Futuro não é algo que nos acontece. É algo que construímos no eterno agora.

Parece paradoxal? Mas é mesmo. O nome do jogo da vida é paradoxo.

A beleza, a força, esperteza e a riqueza das quais Lutero falou, pertencem todas ao agora.
Qualquer que seja sua idade.

O mercado de trabalho (atenção, eu disse de trabalho, não de emprego... há uma diferença enorme entre um e outro, e não apenas conceitual, mas de atitude!) está pronto para absorver a sabedoria e a energia dos sêniors. E pagar por isso.

Envelhecer não é uma questão cronológica, mas de comportamento. Envelhece quem para de aprender e perde a disposição de inovar e criar.
Quem se atualiza constantemente e pratica o Kaizen* não tem tempo para envelhecer.

Não podemos escolher nossa aparência quando nascemos. Nossa herança genética fala por nós.
Mas o modo como envelhecemos, nosso rosto, corpo, mente e idéias que queremos ter certamente depende apenas da gente. Nesse caso a influência ambiental fala tão alto quanto a genética.

Aqui mesmo no Brasil, temos um dos melhores exemplos, Roberto Marinho que começou a construir o império das organizações Globo aos 60 anos. ( por favor, baixe a guarda da sua ideologia. Gostemos ou não, a Globo é uma potência transnacional, com todas as qualidades e defeitos que isso significa).
Quando ele morreu, aos 98 anos, teve quase 40 anos para trabalhar e desfrutar o sucesso de seu empreendimento.

Há um mundo lá fora esperando. Aguardando nossa interferência para ser melhorado. Com grandeza, participação, saúde, beleza, força, energia e bom humor.
Afinal, onde está a inteligência de um mercado que não aproveita a sabedoria de quem tem história para contar e aplicar?

Oscar Motomura, o CEO da Amana-Key disse uma vez que nossa geração tem a possibilidade de ter no mínimo, 3 carreiras no decorrer da vida, com pelo menos 25 anos de atuação em cada uma.

Geralmente, sempre que esse tema vem à tona, alguém fala que isso acontece aqui no Brasil e que nos EUA e na Europa as coisas acontecem bem diferentes.
Isso é um fato.
Então como explicar esse defeito na índole nacional? Essa ignorância tupiniquim.
Burrice? Má vontade? Fruto da herança colonial, ainda?

Afinal é bem melhor explorar um trabalhador jovem e inexperiente, mesmo com alto custo da eficiência, do que pagar um salário justo a um trabalhador experiente.
Pode ser. O mapa cognitivo do gestor nacional é tão estreito e enviesado que pode ser isso mesmo.

Ou por puro preconceito. Mas o preconceito não é primo da ignorância e irmão da arrogância?

Bem, se for assim então, só nos resta a alternativa empreendedora.
Que pena que por aqui o empreendedorismo é a última saída e não a primeira alternativa.

De minha parte quero morrer em pé. Na ativa. Incomodando muita gente.

"O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos." Eleanor Roosevelt


*Kaizen = melhoria continua

Ligando os pontinhos...

15 minutinhos.

É só isso que você precisa para assistir essa aula de vida de Steve Jobs. Essa lenda do TI.

http://video.google.com/googleplayer.swf?docid=-3827595897016378253&hl

O filme, super conhecido na web, fala por si.

Acho que preciso usá-lo como se usa um remédio, assistindo ao menos uma vez ao dia.

O texto da íntegra do discurso está aqui:
http://vocesa.abril.com.br/evolucao/aberto/ar_80039.shtml

Pra que serve um Coaching?

Sabe a síndrome do patinho feio?

Todo mundo é bacana.....menos eu...


A boa notícia: - Não tem nada errado com você!


A notícia melhor ainda: - Tudo pode ser melhorado!


Então vamos combinar uma coisa: Coaching não é terapia nem consultoria.


Coaching é um serviço com foco na realização de objetivos profissionais específicos!

Terapia trabalha tipicamente com uma pessoa disfuncional para torná-la funcional.

O coaching trabalha com uma pessoa funcional buscando uma melhoria continua e constante.

A terapia vai buscar no passado a origem das questões atuais.



O coaching planeja cenários futuros, ajustando objetivos e encorajando o cliente a seguir em frente e ser dono da sua trajetória e realização.


Coaching não é consultoria!

Consultores fornecem conselhos, a partir de suas experiências em outras situações. Diz o que deve ou não ser feito.
O coach ajuda a descobrir suas próprias soluções e novas conexões com toda a bagagem de vida que o cliente traz consigo.



Coaching tem a ver com sua realização. Com fazer acontecer as expectativas!


O papel do coach é o de incentivador e facilitador do processo. 


O objetivo do coaching é eliminar as zonas de conforto e caminhar em direção a resultados e desempenhos mensuráveis.


Geralmente a demanda pelo coaching acontece quando se busca:


Colocar em prática ideias empreendedoras.

Necessidade de desenvolvimento de novas competências (entendidas como comportamentos - ações - direcionadas à metas e objetivos).


Alguns objetivos que podem ser desenvolvidos num trabalho de coaching:

  1. "Tenho muitas ideias, gostaria de colocar pelo menos uma em prática mas não sei por onde começar"
  2. "Sei que tenho talento e iniciativa, só preciso de mais assertividade e foco"
  3. "Como posso criar um plano de negócios e estabelecer metas?" 
  4. "Onde posso chegar com meus pontos fortes? E como superar meus pontos fracos?" 
  5. "O que outras pessoas como eu estão fazendo para conseguir alcançar seus objetivos, o que está faltando para eu também conseguir?"
  6. "Tenho um perfil disposto a correr riscos?" 

Orientação Profissional



Saiu mais um resultado da FUVEST. Todo ano a mesma coisa, fevereiro é o final de uma maratona que começa em agosto, na inscrição do vestibular. Para alguns, novos desafios na faculdade. Para outros apenas o recomeço do sufoco de mais um ano de muito estudo e pressão, da família e dessa indústria do vestibular.

Qualquer semelhança com o "Massacre da serra elétrica - 4" não será coincidência.
Não vou nem entrar no mérito do processo. Muito já foi dito sobre isso.

Todos os anos milhares de alunos do ensino médio enfrentam o mesmo desafio: decidir qual será o curso que vai prestar no vestibular.
Fazer essa escolha sozinho, ou baseado nos padrões e expectativas da família, é muito estressante. Para isso existe a Orientação Profissional ou OP, como também é conhecida.

OP não é terapia, nem um produto das organizações tabajara. Seus problemas não vão acabar. Mas os "nós" que estão amarrando a escolha profissional podem ficar bem melhor compreendidos, reconhecidos e mais fáceis de serem desatados.

Muito poucos são os decididos. Uma vez, uma mãe levou o filho para fazer o trabalho de OP, porque ele tinha certeza total do que queria e adorava estudar. ( Sim, isso também acontece, não é ficção).

Na nossa primeira conversa, ele me encarou e já foi dizendo :"Eu quero ser magistrado e fazer Direito no Largo São Francisco" Ele tinha 17 anos e vinha do interior do Paraná.
O foco do garoto chegava a ser desconcertante. Fizemos o trabalho e hoje ele está se formando nesta faculdade. Não tenho a menor dúvida que em breve vou receber notícias da aprovação dele em algum concurso para juíz.
Casos assim são raríssimos.

O mais comum são jovens completamente "perdidos", pressionados, descompromissados, sem saber nem por onde começar a pensar sobre o assunto.

Nesses casos a Orientação Profissional ou de Carreira, é uma intervenção educacional que leva o aluno a refletir sobre seus talentos, pontos fortes e fracos, o mercado de trabalho e as ferramentas desse novo paradigma de transformações infinitas que vivemos hoje em dia.

A capacidade intelectual, (inteligências múltiplas), cognitiva, as características da personalidade, a aptidão, são avaliadas usando vários recursos para identificar em qual área o aluno tem mais afinidades.
Nesse programa não se usa nenhum tipo de teste psicológico na abordagem. Mesmo porque já se sabe que os antigos testes vocacionais não mostram nada de concreto e efetivo. São abordagens padronizadas que não olham o indivíduo como alguém único e que merece total respeito em sua individualidade.

Meu programa de OP acontece em encontros, em grupo ou individualmente, onde os alunos fazem atividades diferenciadas para fazer as escolhas com tranquilidade e com consciência.

Na outra ponta, a OP também serve para o recém formado que não sabe nem por onde começar se colocar no mercado de trabalho.
A faculdade ensina a parte técnica, o conhecimento, mas não fala nada sobre as habilidades e atitudes mercadológicas para fazer a carreira decolar.
Competência depende de CHA ( C de conhecimento; H de habilidade; A de atitude).

Não é apenas com o conhecimento adquirido, e muitas vezes comprado a peso de ouro, que se vai conseguir uma boa colocação. Foi o tempo em que diploma era passaporte para um bom emprego. Hoje a gestão da carreira depende exclusivamente do indivíduo.

"É preciso sair da mesmice, correr mais riscos, fugir do lugar comum. É isso que que vai assegurar seu sucesso na era da inovação. Já não basta ser perfeito. É preciso ser original. O mercado já não está mais abrindo espaço para quem não leva a alma e a emoção para o trabalho. Estamos competindo por excelência. E isso é um estado de espírito" ". Assim falou Waldez.
Sou fã do Waldez Ludivig. Quem não conhece ainda, pode baixar o cursor e ir lá em baixo na página onde vai encontrar uma entrevista dele no "Sem Censura" o programa da Leda Nagle.

Uma carreira bem sucedida segundo Waldez, depende de:

* Caráter, integridade e ética são competências cada vez mais valorizadas. Na hora de contratar um novo profissional, isso tudo é avaliado antes da experiência profissional do candidato.

* Não manter o foco em apenas um segmento. É preciso ampliar as referências e as competências. Hoje, o médico tem ser um especialista na sua área de atuação, mas também um bom administrador, um fluente comunicador, um expert em comportamento humano...

* Seja conservador e inovador ao mesmo tempo. E se não conseguir, alie-se a alguém que lhe complete.

* Fazer do trabalho algo divertido.

* Estar aberto a novas idéias.

* Questione. Repense o porquê, redefina o que, reprograme o quando, realoque o onde, recoloque o quem, reinvente o como, reduza o quanto.

* Não se acomode no que você já sabe. A sua capacidade de aprender é muiiittooo mais importante do que o seu atual conhecimento.

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