O MBA FIPE "Inteligência Estratégica, Competitiva e Econômica"

REPASSANDO

A dinâmica dos mercados onde atuam as empresas tem sido extremamente intensa e muitas vezes tomamos rumos que parecem imprevisíveis. Novas ações da concorrência, dos clientes, dos agentes econômicos, tecnologias emergentes, exigem das empresas um entendimento acurado sobre o que está acontecendo e o que está por vir. Métodos para compreensão e análise do ambiente competitivo permitindo monitorá-lo, identificar e antecipar ações e movimentos, ameaças e oportunidade, faz a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma empresa.

O MBA FIPE de Inteligência Estratégica, Competitiva e Econômica visa auxiliar os profissionais a desenvolverem competências específicas para a condução de processos de inteligência nas empresas, apresentando técnica e metodologias de análise tanto de mercado quanto do ambiente econômico ou tecnológico que suportem a tomada de decisão. Técnicas e metodologias que permitam captar e entender os movimentos seja de concorrentes, clientes, fornecedores ou outros atores do ambiente social, governamental, econômico, nacional e internacional.

Como complemento ao curso, oferecemos a oportunidade dos alunos cursarem um módulo internacional na França, com obtenção de títulos de master em Economia Internacional e Globalização (condicionada à formação de turma).

Data: Abril de 2010

Dias e horários: sextas (19:00 as 23:00) e sábados (9:00 as 13:00)

Local: Av. Paulista, 1499 - 4o. andar

MAIS INFORMAÇOES AQUI


"Doutor Egão, o anti herói que existe em você"



Esse excelente post de Adriano Silva, foi publicado aqui.


E foi publicado originalmente no blog do Portal Exame:
"Manual do Executivo Ingênuo"


Obrigada Adriano, pela permissão da reprodução!

"Conhece alguém cuja única preocupação nessa vida, de manhã até a noite, é aparecer? Ninguém tem mais poder para atrapalhar uma pessoa do que ela mesma. Nenhum outro fator pode prejudicar tanto uma carreira quanto o dono ou a dona dela. Eis o que quero dizer: o maior problema do ser humano, na esmagadora maioria dos becos sem saída em que se mete, é ele mesmo. O “eu” pode ser uma presença bastante deletéria na sua vida, meu amigo e minha amiga ingênuos. Você é o seu ego. No entanto, seu ego pode jogar contra você em uma série de ocasiões. Não ter ego algum é uma porcaria – e deixa você vulnerável. Ter um ego grande, inchado, hipersensível pode ser ainda pior.

O maior problema do executivo egótico, vamos chamá-lo de Doutor Egão, é que ele está sempre focado demais em si mesmo. É um sujeito que vive permanentemente absorto no único assunto que lhe interessa na face da Terra: ele mesmo. Doutor Egão vive para resolver seus problemas – jamais os da empresa para a qual trabalha nem para os do negócio que administra. Na dúvida entre tomar uma decisão que vai ajudar a companhia e uma decisão que vai locupletá-lo, Doutor Egão (que na real não tem essa dúvida coisa nenhuma) opta sempre por si mesmo, por salvar a própria pele, por puxar a brasa para a sua tilápia. Com o tempo, o Doutor Egão trabalha tanto o marketing pessoal que esquece do marketing do produto ou da marca que está sob sua responsabilidade. Então ele se transforma naquele caso típico de executivo com boa visibilidade no mercado mas sem nenhuma, nenhuma mesmo, obra construída a lastrear essa sua imagem. Quanta gente você não conhece assim? Profissionais que tem um baita currículo no papel e nenhum na vida real, que deixam apenas um espaço vazio atrás de si, por onde passam? Esse é o Doutor Egão. O sujeito que vive do próprio RP. Que vive de fazer espuma, de produzir fumaça.



O Doutor Egão, como já está claro, enxerga apenas a si mesmo. Quando olha ao redor, trata-se sempre de um olhar que parte de uma perspectiva na qual ele ocupa lugar central no mundo, na galáxia e, não raro, no universo. Com essa curiosa espécie de miopia, de olhar exclusivamente para dentro, de considerar desimportante tudo que não for espelho, o Doutor Egão deixa de ver muita coisa bacana, relevante, que acontece à sua volta. Deixa de perceber oportunidades, de reconhecer pessoas, de fazer boas escolhas. Tudo nele é umbigo. E umbigo, como se sabe, é um buraquinho miúdo, sem luz nem serventia. (Alías, umbigo, veja só que interessante, é também uma cicatriz… Dois anos de análise para o Doutor Egão!)



Como Doutor Egão é um bocado insensível aos outros (exceto quando se sente ameaçado), ele é incapaz de exercer e de sentir empatia, que é essa habilidade exclusivamente humana de se colocar na posição do outro, de ver o mundo por um momento a partir de uma perspectiva que não é a nossa. Esse exercício é muito rico. E é algo completamente desconhecido pelo Doutor Egão. Eis o que o Doutor Egão não percebe, fundamentalmente: o único caminho realmente sustentável para se tornar notado, querido e respeitado é realizar um bom trabalho, é gerar resultados sólidos, é construir relações vencedoras e duradouras. A fama e a admiração só podem ser sustentadas pelas obras concretas que o sujeito erige ao longo da carreira. O resto é falsificação, é contrabando, é estelionato.


Claro que o Doutor Egão vai morrer antes de admitir isso tudo. A notoriedade e o holofote são a razão da sua existência – não são, em absoluto, o resultado de um trabalho bem feito. (Não é nisso que ele investe as suas melhores energias.) Se você trabalha com o Doutor Egão, ou para ele, saiba que a última de suas preocupações é o time que ele lidera o do qual ele participa. O fim último e primeiro de todos os seus esforços nessa vida é aparecer. Aparecer mais do que os outros. Aparecer mais que você."

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