Case de MKT Digital Imobiliário

O Jornal Valor Econômico publicou recentemente uma notícia que tem tudo a ver com IM. Vou reproduzi-la parcialmente abaixo, apenas retirando os nomes das empresas citadas.

Imóvel no carrinho

A reformulação do site de uma construtora, concebida por uma empresa de Comunicação Digital, permitiu dobrar as vendas de apartamentos no endereço virtual da empresa.
A estratégia foi dar um tratamento de e-commerce à página.

"A intenção da empresa de comunicação era que o site fosse menos institucional e gerasse mais negócio.
Fizemos uma grande pesquisa com usuários e o resultado foi uma navegação mais rápida e fácil", diz o diretor da empresa, que colocou o site no ar há sete meses.

Segundo a construtora, houve uma evolução de 250% na produtividade dos contatos recebidos por telefone e uma média de 42 vendas para contatos gerados pela web.

O diretor aponta algumas características próprias de e-commerce que "migraram" para o site da construtora:

- processo de busca único,

- uma página para avaliar todas as informações,

- e menos cliques para encontrar os dados.

A inspiração veio até daqueles "carrinhos de compras" comuns nos portais.

"É possível filtrar os imóveis que se deseja e separá-los".

O desafio era que a nova arquitetura virtual levasse o usuário ao atendimento efetivo. Para chegar a esse patamar, a empresa de comunicação digital ampliou as ferramentas.

Além do atendimento, há possibilidade de agendar uma visita on-line ou utilizar o "click to call". Nesse sistema, o potencial comprador envia o número do celular, que toca prontamente com um vendedor do outro lado da linha. De acordo com ele, a qualidade dos contatos melhorou.

Anteriormente, muitos ligavam para, por exemplo, perguntar onde podiam encontrar determinada informação na página.

Outra mudança foi aumentar a visibilidade do site nos buscadores.

"Por causa da forma como o site foi construído, aumentou o número de palavras citadas que levam ao endereço eletrônico." A reestruturação contemplou também "novas mídias".

O site pode ser acessado pelo iPhone e por grande parte dos smartphones.
Notícia retirada daqui

A desinteligência cotidiana

"Comunicação não é o que eu digo, mas o que meu interlocutor entende".

Diante de tão sábia definição, só posso concluir que "comunicar é administrar gaps".

Quer dizer, o que eu digo, na verdade não tem a menor importância. O que eu realmente preciso saber é quais são os valores e mapas de mundo do meu interlocutor, para ver se enquanto eu falo "pedra" ele não está entendendo, "pau".

.... dizem que as guerras nascem assim ...

A grande maioria das empresas aqui pelas terrinhas verde amarelas (e desmatadas), anda tão sucateada que dá até medo de falar de alguns temas, digamos, "modernos".

Em termos de gestão então? Engatinhamos, ou melhor, rastejamos.

Talvez fosse melhor dar um passinho para trás e voltar a falar de atendimento ao cliente, qualidade, 5S. Todos os temas "quentes" ....na década de 90 do século passado... mas parece que nem esses, depois de tantos anos, ainda não foram assimilados pelos nativos locais.

E a Inteligência de Mercado nesse contexto tão...tão...
"...Meu Brasil, brasileiro, meu mulato isoneiro.. vou cantar-te nos meus versos.."?

Coisa de outro mundo!!!

Será que devemos voltar a falar de atendimento e qualidade??? Até quando, meu Deus?

Será que é porque somos uma nação de commodities? Será que de tanto exportar produtos primários e agrícolas, sem nenhum valor agregado, nossas mentes também foram ficando...primárias?

Segundo dados do IBGE, nos últimos 10 anos, os investimentos da indústria de média e alta intensidade tecnológica aumentaram 22%.

Já os investimentos em manufaturas minerais e agrícolas de baixo valor agregado cresceram 490%.

Dê uma olhada no seu pendrive. Você acha que ele foi feito aqui?
Tolinho. Claro que não, só foi montado aqui.
Toda a tecnologia dessa coisinha de nada foi feita fora.

Pois é.
.
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Sabe de uma coisa? Acho que eu vou fazer o seguinte, vou passar a palavra para um professor da FGV, que vai ver, tem muito mais credibilidade do que eu!
Quem sabe o que ele diz cai mais fundo nos ouvidos de quem precisa mudar?

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Entusiasmo com o Brasil é apenas nuvem passageira

"De uma hora para a outra o Brasil virou a bola da vez para os investidores internacionais.

Segundo o noticiário, somos invejados em todo o mundo. Passamos pela crise incólumes, e melhor, com perspectivas excelentes. Há até futurólogos que voltam a falar que o Brasil será uma das grandes potências globais num futuro não muito distante.

Mas o que é que aconteceu para sermos tão adulados? Quais foram as grandes mudanças que fizemos para merecer tal destaque? Infelizmente, nada. Nada mesmo. É só observarmos os rankings mundiais feitos por diferentes instituições como Banco Mundial, Nações Unidas, Jornalistas sem Fronteiras, Transparência Internacional, Heritage Foudation e Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), dentre outras.

Mas temos que olhar esses rankings como eles devem ser olhados. Não podemos nos comparar com países minúsculos e sem expressão nenhuma no globo. Somos uma das maiores economias e um dos países mais populosos do mundo. Assim, só é válida uma comparação com países grandes e com economias representativas.

Talvez possamos incluir nesse grupo uns 40 países.

Num estudo recente conduzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) foram elencados 42 países e a posição do Brasil em diferentes aspectos.
O resultado é assustador. Corrupção? Segundo a Transparência Internacional somos o mais corrupto entre os 42.

Dificuldade para abrir um negócio? Idem, estamos na 42ª posição. ( última...)

Liberdade de imprensa, nível de educação e outros indicadores também mostram que o Brasil está muito longe de se tornar uma potência.

A Unesco acaba de divulgar seu ranking de educação. Nossa 88ª posição é no mínimo vergonhosa. É até engraçado: insistimos no ensino do espanhol nas escolas quando nem sabemos inglês e, em alguns países europeus, o chinês é ensinado para crianças. Claro, é com a China que essa geração vai ter que se entender.

O mais interessante é que muitos veem nesses rankings melhoras do país. Passamos da 125ª posição para a 120ª e muitos comemoram.
Mas não há o que comemorar. Em outros aspectos continuamos também na lanterna do mundo mais desenvolvido.
Infraestrutura é um dos aspectos no qual quase nada foi feito nos últimos anos.

É só compararmos estradas e ferrovias com as de outros países. Sem comentar os portos.
Pior que tudo: não temos um plano de longo prazo para o país.

O que queremos para 2040? 2050?

Andamos hoje, como sempre, a reboque dos acontecimentos mundiais.

Isso sem falar na violência, que é manchete constante na imprensa internacional.

E voltamos aqui à questão inicial: porque nos tornamos a bola da vez? O motivo é simples: nosso sistema financeiro não estava exposto a riscos como o de outros países. Bancos no Brasil nunca precisaram se expor a riscos excessivos para auferir ganhos. As operações são relativamente simples e os níveis de alavancagem são minúsculos quando comparados aos de outros países.

Assim, não tivemos nenhum susto na área financeira, que pode continuar concedendo crédito como nunca vimos antes para uma população sedenta por bens de consumo. Pudemos manter, ao menos em parte, o nível de atividades da indústria, combalida pela queda nas exportações.
Aliás, falando em exportações, na lista de 42 nações somos a 40ª em volume de exportações. Isto é, nossa penetração no mundo é pífia.

Mas essa onda de boa vontade com o Brasil se manterá? Provavelmente não. É como se durante uma enchente só o nosso campo de futebol tenha se mantido acima das águas. Não temos arquibancada nem iluminação, nosso gramado é malcuidado. Mas como é o único campo utilizável, todos vieram aqui jogar.
Assim que as águas baixarem, todos voltarão aos seus estádios. Alguns com pequenos estragos, mas nada que em pouco tempo não esteja recuperado. Aí vamos entender que o afluxo de torcedores e jogadores ao nosso campo foi apenas uma nuvem passageira.

É hora de olharmos o Brasil como ele é.

Um diagnóstico realista pode nos levar a tomar decisões com impacto positivo no futuro.
Mas acreditarmos que nos tornamos o paraíso em poucos meses só nos prejudica.
É mais do que tempo de olharmos o longo prazo sob pena de mais e mais nos distanciarmos dos países realmente desenvolvidos."

William Eid Junior é professor titular e coordenador do GV CEF (Centro de Estudos em Finanças da FGV/EAESP)
Artigo publicado no Jornal Valor Econômico

Há exceções?
Claro!
Claro que tem algumas ilhas de excelência! Deus nos livre se não tivesse!

E de desinteligência em desinteligência chegamos aqui...

Mas afinal, o que esperar de um país que importa cabide da China?

Economia do Conhecimento: Porque o mundo é darwiniano....

Silvio Meira - cientista da computação, dentre vários outros títulos, paraibano e professor da Universidade Federal de Pernambuco.
Uma das principais referências sobre a Web e o mundo em rede.

Nesta palestra apresentada em outubro/2009 no MediaOn, ele fala da necessidade de "
Aprender, Desaprender e Reaprender" e como isso se tornou fundamental para profissionais de todas os setores numa sociedade de transformação acelerada e exponencial.

Vale a pena investir 20' do seu tempo para assistir.





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