IM, IC e BI (continuação)


Ao IM, IC e BI é bom também acrescentar :

ERP*
ECM*
CRM*
BPM*
ITIL*
SEO*
........*
Haja neurônio pra dar conta de tanta coisa.
E não adianta pensar - "... mas eu nem sou de TI ( tecnologia da informação), por que eu tenho que saber tudo isso...?"

Se você pretende continuar vivo pelos próximos 30 anos, atuante e produtivamente, é bom começar a saber, caso contrário sua irrelevância vai ficar tão óbvia que você vai se tornar desnecessário. Se já não está e nem sabe disso.... o que convenhamos, é mais sério ainda.

Saber a que profissionais recorrer para solucionar certos problemas é no mínimo saudável. E a turma da TI é fundamental para a da IM.

Seguindo a lógica (mesmo que obtusa) da medicina ocidental, se você torce o tornozelo não vai procurar um oftalmologista. Correto?

Da mesma forma ocorre com a performance de uma equipe de vendas, por exemplo.

O resultado está abaixo do esperado e a meta é razoável? O que você vai procurar? Uma palestra de motivação?

Conta outra....

Para alcançar resultados consistentes, equipes precisam muito mais que motivação.

Resultado e desempenho. É para alcançar isso que existe liderança e gestão. A sobrevivência da empresa depende disso. Já o sucesso depende disso e muito mais.

Para chegar a esse resultado, (algumas) empresas planejam, controlam, contratam, avaliam. Em busca de soluções cada vez melhores e mais rápidas que seus concorrentes.

Utilizando várias ferramentas e softwares de data e webmining, uma consultoria de IM vai mapear todos os pontos de contato da empresa e dos concorrentes, buscar informações e tendências de mercado, pesquisar, observar a performance do atendimento, fazer o diagnóstico, observar ameaças e oportunidades e gerar relatórios com as recomendações de ações táticas e estratégicas para melhoria do processo e nova avaliação. No jargão da qualidade, vai "rodar" o PDCA* .

Vai buscar o reposicionamento da empresa em função do comportamento de seus concorrentes reais, não só na mídia impressa, mas também na eletrônica e virtual, nos mecanismos de busca e também nas várias redes sociais, portais, blogs e outros sites relacionados ao negócio para observar a imagem da empresa e dos concorrentes em comunidades, listas de discussão e Twitter. Além de verificar a visibilidade na Internet com ferramentas como o SEO*.

As ações de Inteligência de Mercado são a grande aposta das organizações para alcançar resultados consistentes. Entre as grandes empresas, em 2007, 72% das organizações realizavam ações de IM, já em 2008 este índice subiu para 83%.

Mas atenção, elas não fazem IM porque são grandes, elas são grandes porque também fazem IM.

É fundamental que esse raciocínio fique bem claro.

É possível uma empresa pequena utilizar estratégias de grandes empresas?

Sempre.

A não ser que ela queira continuar pequena. E isso pode ser uma escolha estratégica muito legítima.
Crescer por crescer não quer dizer nada. A célula cancerosa, cresce e cresce, e isso não é bom...
Um(a) empreendedor(a) pode escolher ser pequen0(a), atendendo com excelência a um pequeno nicho e ter muito lucro. Mas isso tem que ser uma decisão estratégica, não uma contingência por circunstâncias externas aos seus planos.

Inteligência de Mercado, não é apenas pegar informações e colocá-las em uma planilha. Qualquer Chimpanzé bem adestrado pode fazer isso.

A inteligência consiste justamente em raciocinar sobre os dados, identificar os padrões recorrentes, modelar o cenário e mostrar como esse cenário afetará a empresa.
Paralelamente, observar e tentar antecipar o movimento dos concorrentes, identificar oportunidades antes não percebidas, conhecendo melhor a imagem da empresa perante seus consumidores e se preparar para eventuais mudanças de tendências.

Saindo do âmbito de empresas especificamente e ampliando o tema, um exemplo bizarro de IM é o "web-bot", uma espécie de spider ou rastreamento de palavras-chave pela Internet. Ele faz previsões ( algumas bem apocalípticas) sobre o futuro.
Os resultados podem ser questionáveis, mas a ferramenta de busca foi criada inicialmente para rastrear padrões recorrentes visando movimentos cíclicos do Mercado de Ações. No fundo, no fundo, um software webmining na busca pela Inteligência do Mercado de Capitais.
Será que ele previu a bolha que veio? E as que virão?
Em resumo, um trabalho de Inteligência de Mercado requer uma reeducação dos sentidos: ouvir, enxergar, sentir melhor e mais amplamente e compreensão da interdependência e das conexões entre os vários componentes do sistema empresa.


ERP* Enterprise Resource Planning
ECM* Enterprise Content Management
CRM* Customer Relationship Management
BPM* Business Process Management
ITIL* Information Technology Infrastructure Library
SEO* Search Engine Optimization
........* todos os outros softwares e soluções que ainda vão aparecer...
PDCA* Plan, Do, Check, Action

Um comentário:

Viviane Sevarolli disse...

Depois de ler "Good to Great" um livro de Jim Collins, achar bacana mas de certa forma lugar comum, já que essa mídia anda um tanto quanto saturada de artigos, pesquisas e resultados do que excelente empresas fazem; tenho que salientar que um grande tema abordado por Collins em seu livro é a escolha correta de pessoas nos diversos níveis da organização. Por correta, ele enfatiza: pessoas apaixonadas pelo que fazem, com ações e pensamentos disciplinados. E ao contrário do que muitas organizações ainda implementam, o autor é totalmente contrário a motivação de empregados. Pois pessoas que gostam do que fazem são auto-motivadas.
Meu entendimento do seu post no entanto, é a apresentação de ferramentas essenciais para avaliação de mercado e internas; para que assim estratégias adequadas a esse ambiente sejam aplicadas, medidas e controladas, visando benefícios.

Acredito no potencial da aplicação e investimento de diversas tecnologias que auxiliarão a empresa no descobrimento de táticas e estratégias para se diferenciar em um mercado tão acirrado competitivamente; mas, no entanto, ainda considero que em busca da ferramenta ideal e/ou durante sua aplicação (muitas vezes 'time-consuming'), muitas organizações e líderes se esquecem que atitudes básicas, como por exemplo o desfavorecer do favoritismo, análise crítica do seu grupo de empregados, e foco em seu core-business, para assim realizar mudanças duradouras e significativas.

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