Como anda seu índice FIB - Felicidade Interna Bruta?

Você já se perguntou se o que você faz é business ou é apenas uma ocupação? Ou melhor, você já se deu conta do seu índice de FIB?

É bom pensar. Seu futuro profissional (e pessoal) depende dessa resposta.


Atualmente:


-
87% das pessoas não está satisfeita com a sua vida profissional

- 62% trabalham pela remuneração;

- 59% permanecem no emprego por medo de mudar e se dar mal

- 27% se sentem velhos demais para mudar

- 36% acham que não ganhariam o mesmo em outra função

- 71% permanecem onde estão por puro conformismo e acomodação

- 38% ficam pelos benefícios conquistados na atual empresa

- 27% por outras razões - (o que gostam de fazer é muito diferente do que aprenderam a fazer, a família não apoiaria, daria muito trabalho mudar...)

Considerando que passamos a maior parte das nossas 24 horas do dia trabalhando, somado ao tempo de deslocamento e preparação para trabalhar - banho, troca e compra de roupa, sapato, atualização de antivírus e etc. .... temos aí pelo menos, umas 12 horas por dia envolvidas com nossa atividade profissional. Somando a isso o tempo gasto no celular e respondendo e-mails profissionais, que muitas vezes ocorrem fora do horário convencional de trabalho. Dependendo do tipo de atividade o trabalhador recebe esses gadgets "de presente" do empregador. Coloque aí mais uma hora.


Agora some o tempo necessário que você precisa para dormir.

Como esse item é variável - de 8 a 5 horas, vamos considerar uma média de 7 horas.

12 + 7= 19.


19 horas. Esse é o tempo envolvido com o trabalho e o sono para recuperar a energia para mais um dia de trabalho.


Sobram 5 horas para você!! Maravilha!


Se você é homem, mora sozinho e se alimenta com fast food, afinal é bem mais rápido e não dá trabalho: considere mais 1 hora durante todo o dia com alimentação nas 3 refeições principais. (um café rápido na padaria, restaurante self-service no almoço e um sanduba à noite)

Nesse caso você tem 4 horas inteirinhas para você! Pode ir à academia, ao happy hour, ou fazer um curso.


Se você é mulher, casada e com filhos, aí a coisa muda. Nessas 5 horas você tem que fazer caber: as compras do supermercado, colocar a roupa na máquina, lavar a louça, preparar e comer o alimento, buscar e /ou levar o filho na escola, acompanhar a lição em casa, etc, etc...


Na Idade Média isso era conhecido por
servidão.

Mais tarde no Renascimento passou a ser escravidão.

Mas agora, na pós-modernidade você é visto como um (a) "profissional de sucesso".


Essa continha básica leva a uma reflexão. O que estamos fazendo conosco? Ou melhor, o que eu estou permitindo que façam comigo?


Voltando aos dados iniciais: "87% das pessoas não está satisfeita com sua vida profissional".
Só de ler me dá arrepios.

Quer dizer então que quando eu vou ao dentista, contrato um mestre de obra, peço uma pizza, faço uma viagem, abasteço o carro, compro uma roupa, vou ao cabelereiro, contrato um Contador para fazer meu IR, a pessoa que me atende pode estar entre os 87%? Então deve ser por isso que ela me atende mal, boicota o serviço, faz de qualquer jeito, causa uma infecção na minha gengiva por falta da assepsia correta, serve uma massa de pizza borrachuda com queijo rançoso, atrasa o prazo de entrega, me faz cair na malha fina.... etc, etc...etc?

Ah bom, então tá.

Como saber quem está entre os 13% de profissionais satisfeitos?


No meu trabalho com Inteligência de Mercado eu também faço orientação profissional e realinhamento de carreira.
Uma coisa híbrida entre o coach e o Outplacement.

Os profissionais que me procuram, geralmente entre os 27 e os 60 anos, estão no limite de um profundo mal estar em seus trabalhos e também em suas vidas.

Meu papel é analisar a situação profissional atual, ajudá-los a encarar, observar os sinais de demanda do mercado de trabalho e traçarmos juntos estratégias de ação para o futuro.

Eu procuro unir o estratégico, o tático e o operacional com o foco exclusivo em fazer algo significativo para si e para a sociedade em que vive e receber bem por isso. Ou seja, meu trabalho é fazê-los sair dos 87 para os 13% e aumentar o índice de seu FIB.


Estar ocupado, apenas preenchendo o tempo, esperando ele passar e aguardando o salário no final do mês - e enquanto isso reclamando de tudo à sua volta e consumindo irresponsavelmente - é levar uma vidinha muito pobre - por maior que seja o salário!

3 comentários:

Ronaud Pereira disse...

Maristela,
Começou o ano muito bem. Ótimo texto. Sou um dos 87%, já a um ano numa "luta" para sair dos 59% que tem medo de mudar. BOm, não somente medo. Passei o ano inteiro passado nessa "luta", construindo uma forma de dar meu grito de independência ao menos até o fim desse ano. Não é uma brincadeira, você precisa raciocinar muito, estudar muito, se descobrir. A estabilidade financeira, a liberdade, não vem num mero golpe de sorte. Ou melhor, insisto, a pessoa deve "construir" sua sorte, deve "se" construir. Estou tentando, tem dado certo, mas não é fácil e devemos ter em alta estima uma das maiores virtudes humanas: A paciência. Já disse Buffet que algumas coisas LEVAM tempo. Não se pode ter uma criança em 1 mês engravidando nove mulheres rs.

Bom, você como consultora sabe dessas coisas melhor que eu, porém quis comentar que tenho vivido justamente esse drama das estatísticas citadas por você.

Boa "sorte" e um bom 2010 para todos nós!

Azália Bruzadin disse...

Que texto legal!
Ás vezes acho que vc escreve só para mim. O que me faz acreditar que sou como a maioria.
Se me permite, este post vai virar assunto de e-mail.....

Viviane Sevarolli disse...

Aplausos. Divertido e bem escrito relatando questões cotidianas que nos levam facilmente a fazer parte dos 87%, mas daí vem comentários como os de Ronaud, inspiradores e que constatam que existem maneiras de virar o jogo. E claro, paciência é uma grande virtude.
Infelizmente a balança ainda eh negativa para mulheres profissionais, no entanto uma leve mudanca vem acontencendo em algumas sociedades que balanceiam as atividades de certa forma esteriotipadas de homens e mulheres. Sociedades como a Noruega na Escandinavia eh melhor adaptada a suportar a jornada tripla de trabalho feminina e aplica regras que sustentam um modelo de vida mais balanceado: 40% de seus legisladores são mulheres, dessa forma todos os paises da Escandinavia provem creches pagas pelo governo. E possuem o maior numero de mulheres no workplace do mundo. Sei que sai da tangente, mas sua brechinha comparando as 4 horas livres dos homens com as -3 das mulheres acabou me instigando .... Parabens!

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