Crowdfunding: ele chegou pra ficar


Quem é Amanda Karoline?

Nunca a vi mas sei que é uma menina valente que mora em Natal, tem 19 anos e faz Design e Produção Cultural.
Ela contou sua história no Catarse , colocou seu projeto pra rodar e conseguiu o que queria: Participar do YOUPIX - festival de cultura web que vai rolar nos dias 26 a 28/04 em SP - e que está deixando a galera descolada em delírio.

Mais ou menos o que a Campus Party é para os geeks.

O Catarse - agora Multidão - Produção Cultural Colaborativa - é uma iniciativa de crowdfunding .
Para saber exatamente o que é crowdfunding é só dar uma olhada no link. Mas numa tradução bem sem vergonha é o seguinte: Pessoas se juntam, colocam grana do próprio bolso e colaboram para financiar o projeto de uma outra pessoa.
Mais simples, direto e sem burocracia impossível!

No caso da Amanda, seu projeto era ir ao Youpix.
Ela fez as contas, viu que precisaria levantar R$2.295,00 para a viagem, hospedagem, alimentação e para os outros etcs e o que era desejo ganhou forma e virou projeto.
Essa animação abaixo é o resultado final que ela enviou ao site.


A transparência e beleza do processo é fascinante.

Ao utilizar todas as ferramentas que tinha nas mãos, descruzar os braços e ter uma atitude proativa ela colocou sua criatividade em ação.


Arregaçar as mangas é o primeiro passo para fazer acontecer.
Vestir o modelito da vítima e reclamar seria muito mais fácil.

Esse é um exemplo típico do que é possível ser feito com a força da web.
Atitude digital típica do século XXI. Tanto pessoas quanto empresas podem decolar se tiverem visão e estiverem antenadas com as tendências.

Parabéns Amanda, você conseguiu!

Amanda Karoline

Aqui você twita com ela: @frngrr
Aqui você confere como essa história começou: http://www.melevaproyoupix.blogspot.com/

# Hashtag (do mal)! Não deixe jamais sua empresa ser uma



Argh...!

Pode duvidar, mas ainda tem coisas que acontecem que você se pergunta - "Mas não tinha um estagiário, um trainee, ou um analista, assessor, secretário, tia do cafezinho.... ninguém na empresa para avisar que aquela campanha ia ser uma cilada? "

O trend topic Brasil do Twitter hoje foi uma empresa de calçados, que eu não vou nem mencionar o nome para não cair no velho golpe do " falem mal, mas falem de mim.."

Dizem as más línguas que ela já vendia " gato" por "lebre".

Madame comprava o sapato, jurava que era de couro e na primeira chuva ele desmanchava. Nem a cola era legítima.
Mas agora a empresa resolveu inovar lançando uma linha de pele de animais exóticos.

“Não entendemos como nossa responsabilidade o debate de uma causa tão ampla e controversa. Um dos nossos principais compromissos é oferecer as tendências de moda de forma ágil e acessível aos nossos consumidores”, disse a companhia, em comunicado. “Por respeito aos consumidores contrários ao uso desses materiais, estamos recolhendo em todas as nossas lojas do Brasil as peças com pele exótica.”

Até que ponto uma empresa pode se dar ao luxo de falta de sintonia com o seu tempo?
O que é pior? A falta de sintonia ou de noção!



" A empresa começou a divulgar a coleção Pelemania nas mídias sociais na quarta-feira à noite, para uma rede de 4.496 amigos do Facebook e 24.482 seguidores no Twitter. A marca lançou peças com pele de raposa, coelho e ovelha. "
Você pensou que não podia ficar pior?

Quando o circo começou a pegar fogo, a empresa iniciou uma cyber ataque em sua página no Facebook e foi apagando os comentários negativos à coleção!!

Não ria. O assunto é sério!

Do ponto de vista da inteligência de mercado, depois de passado o vexame e toda a equipe receber justa causa, o que essa empresa pode fazer?

Colocar a marca de uma empresa nas mídias sociais requer um mínimo de planejamento e estratégia.

Nesse caso, o erro ocorreu não só no Marketing tradicional - pela provável falta de uma pesquisa quantitativa e qualitativa. Na falta de uma leitura de jornais e revistas que trazem um termômetro dos principais temas tratados na mídia e mostram que assuntos devem ser evitados.
Mostrou uma equipe despreparada, uma direção omissa e principalmente um deslumbramento arrogante.

Aprendeu do modo mais caro o que não se deve fazer numa campanha de Web Marketing.
Qual o custo dessa ação desastrada? Custo de receita e de imagem?

Quando é que as empresas desse país vão compreender que uma campanha planejada é investimento?

Conseguir ser uma # hashtag pode ser o sonho de consumo de quem frequenta as redes socias. Mas nesse caso foi puro pesadelo!

Branding, nothing more than branding


Quando a inteligência de mercado encontra o bom humor o resultado só pode dar nisso: sucesso líquido!

O casamento real britânico movimenta o mercado. Além de aumentar a venda de tablóides, of course.

Com o buxixo causado pelo enlace no próximo dia 29/04, uma empresa de telefonia móvel local fez uma campanha genial.

Aproveitando um tema que já tinha sido um viral há poucos anos de um casamento nos USA , essa empresa agora colocou a família real para entrar na igreja dançando.

Imagina só o efeito de fixação de marca!

Esse vídeo está no No canal da T-Mobile no Youtube. Viral absoluto na Web.



Essa bem humorada campanha da T-Mobile mostra algumas coisas:

- Bom humor é infalível. Rir de si próprio é o primeiro sintoma de saúde mental!
-Tudo que é fixado com sorriso e prazer fica mais tempo na memória do consumidor e é mais comentado, é o que professa o Neuromarketing.
- A mídia está sendo pautada pelo público. O casal que primeiro teve a ideia de fazer a entrada triunfal na igreja dançando é de um estado no interior dos USA. Aparentemente a ideia deles não foi criada por uma empresa de publicidade genial. Mas certamente foi parodiada por uma, que tem uma super conta de uma grande empresa.
- Portanto, vamos abrir nossos olhinhos. Assim como no post anterior eu comentei a história da mocinha que vendeu seus livros pelo Kindle depois de ter sido esnobada pelas editoras, tem muita coisa boa acontecendo embaixo dos nossos narizes empinados. Que juram que para ser bom e ter divulgação tem que ter o aval de grandes nomes e empresas. Que nada, basta é ter talento.

Bye, bye mundo analógico, bye, bye!



Amanda Hocking. Quase ninguém conhecia essa garota até o início desse ano.
Agora ela acaba de quebrar uma barreira invisível mas tremendamente alta, praticamente intransponível e impensável antes dela.
Aos 26 anos ganhou seu primeiro milhão escrevendo romances urbanos do tipo Crepúsculo vendidos a partir de $0.99 para o Kindles e-book da Amazon.
Até ontem, a pesquisa de seu nome no Google trazia mais de um milhão de resultados.

Seu case é assunto de várias revistas, e portais.

Amanda escreve de sua casa no interior de Minnesota/USA.

Seus trabalhos foram recusados por várias editoras e ela resolveu isso da melhor forma possível: deu uma banana para as editoras.
Cortou todos os intermediários e foi direto à fonte. Ao Kindle. Se várias outras Amandas fizerem isso as editoras vão entrar no mesmo buraco negro das gravadoras.

Junto com essa atitude digital vai embora alguns milhares de postos de trabalho!
Bye, bye, agentes literários, livreiros, secretárias, copydesks, layoutistas, empresas de papel, empresas de transporte, gráficas, fabricantes de tintas, críticos literários, relações públicas, motoristas.... a tia do cafezinho...

Depois do sucesso de sua atitude "rebelde" Amanda foi assediada por várias editoras e topou aceitar um contrato. Se achar que vale a pena, continua, se não dá um tchauzinho e volta de onde saiu. O que importa aqui não é se ela se rendeu ao mainstream ou não. O importante nesse história toda foi o rompimento da barreira!!

Não se iluda, esse tsunami está apenas no início.
Essa onda ainda nem começou a se erguer, mas o resultado será devastador.
Uma atitude pró-ativa modificou o modus operandi da indústria tradicional do livro.

Em breve vamos finalmente acordar do lindo sono de Cinderela e perceber que não precisamos de políticos, gabinetes, assessores, chefes, etc, etc, etc...


Os sete erros da não gestão e os sete pecados capitais

Há uma mentalidade jeca instalada na política e no ambiente empresarial desse país que nem os furacões de ultimamente conseguiram dissipar.

As poucas exceções que existem destacam-se justamente por isso - não passam de meia dúzia.

São uns bocós” diria Rei Julian de “Madagascar”. Alguém tem dúvida que ele é um fofo?

Nada como um bom personagem para colocar as coisas em perspectiva.

Vai ser preciso passar uma geração inteira para que os medos e as pequenezas dos empreendedores bocós sejam superadas? A questão é: Teremos tanto tempo assim para esperar?

Provavelmente você deve ter suspirado e pensado o quanto o local de seu trabalho se encaixa nessa categoria. Calma, nada de ficar cabisbaixo. Para tudo tem um jeitinho.

Alguns erros que são tão primários, tão toscos, que ficamos nos perguntando como é possível que ainda ocorram.

Aqui vão sete erros básicos de empresas que não praticam nenhum tipo de inteligência de mercado no seu dia a dia. Sete é um bom começo. Poderia ser setenta, mas aí esse post ficaria muito chato.

Não se iludam, Para erros primários, soluções básicas.
Quem sabe assim haja alguma compreensão?
Em terra que dá mais de um milhão de votos para analfabetos não se pode ir muito além do
“vovô viu a uva”.

Erro primário número 1:

- Não identificar seus pontos cegos nem conhecer na palma da mão as sutilezas do seu setor de atuação. Para onde o vento está soprando? Querer ganhar mais, ou o mesmo que antes, sem fazer necessariamente nada diferente para isso. Mais ou menos o que enfrenta hoje a Microsoft em relação aos seus 2 principais concorrentes: Google e Apple!! Ou Blockbuster X Netflix e mais tantos outros exemplos daqui e de lá, grandes e pequenos. Ignorar plataformas emergentes dá nisso, a empresa torna-se irrelevante no longo prazo. Aqui uma boa opção é a gula.

Erro primário número 2:

- Não procurar se aprimorar. Não ler, não estudar, não participar de seminários, nem de nenhuma entidade de classe. Achar que sabe tudo, que nada é novidade, que o que sempre deu certo continuará dando. Se recusar a arriscar. Apegar-se aos ganhos passados e atuais, encastelar-se e ter um medo tremendo de inovar. Continuar com a mesma equipe, não arejar o ambiente com gente diferente, que traga idéias novas.

Conhecemos bem de perto esse perfil, até bem pouco tempo aqui na Terra de Santa Cruz vangloriar-se de nunca ter lido um livro era coisa fácil de se ouvir. Aqui poderia se encaixar a soberba ( ou vaidade).

Erro primário número 3:

- Contratar pessoas menos qualificadas, semi competentes ou quase medíocres, tanto faz. Que aceitam uma remuneração baixa, não dar treinamento, nem recursos tecnológicos decentes e ainda por cima cobrar resultados.

Ou pior, em situações mais extremas e criminosas usar trabalho escravo, explorando miseráveis como o que é feito com o lado podre da indústria da moda, na Ásia e também aqui (bolivianos, paraguaios e peruanos). Ter a marca associada a esse tipo de crime é quase como praticar suicídio de mercado.

O nome disso? Avareza

Erro primário número 4:

- Desrespeito aos concorrentes subestimando sua capacidade de sucesso. Inveja. Tsc, tsc, coisa mais feia..

Erro primário número 5:

- Luxúria: Segundo o Wikipédia é “deixar-se dominar pelo exagero das paixões materiais”.
Todo excesso traz em si o princípio da luxúria, primeiro passo para a ganância.
Um negócio, qualquer que seja seu porte, tem também uma função sócio-ambiental. Sua sobrevivência e continuidade dependem dos seus lucros, mas ele existe para ser mais que uma máquina de fazer dinheiro. Mesmo porque caso não haja um significado mais amplo ao longo do tempo, não sobreviverá. Vai faltar alma e sangue. Pessoas precisam de significado. Sentir-se fazendo parte de algo maior. Caso contrário a rotatividade é grande e o custo disso maior ainda. Clientes gostam de comprar de empresas responsáveis e sustentáveis.

- Erro primário número 6:

O pior dos pesadelos: Comprar na alta e vender na baixa. Atire a primeira análise gráfica quem nunca caiu nessa armadilha. Da mesma forma o empresário que não planeja, age sem nenhum método nem disciplina e fica bravo quando é perguntado sobre esses assuntos quando seus pequenos prejuízos começam a ser mais constantes do que seus lucros. A mistura do excesso de otimismo com achismo é explosiva e pode levar a assumir riscos desnecessários. A ira é a conseqüência mais imediata. O stress vem em seguida e vai oxidando todo o patrimônio duramente conseguido.

Erro primário número 7 (mas não menos importante):

- Não fazer nenhum cadastro do cliente que entrou naturalmente na sua loja, ou no seu site. Esse descuido merece cadeira elétrica.

O cliente te escolheu – espontaneamente - por que não oferecer alguma motivação para que ele anote o nome, e-mail e celular numa nesguinha de papel?
Não acredito que sua empresa não tenha nada, NADA, nadinha para oferecer em troca dessa possível mina a ser garimpada. Esse comportamento certamente sugere a
preguiça.

Não se iluda, manter-se alinhado com o mercado, com ações e campanhas inteligentes, requer tempo e preparo. Todos os negócios são cíclicos. O mercado sempre tirou de cena os incompetentes. Cedo ou tarde eles desaparecem. A grande charada é como ficar mais tempo na ativa e gerando recursos.

Na dúvida, chame essa turma aí de baixo. Eles costumam resolver as paradas mais difíceis.


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